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Responsáveis de empresa acusados de usar polígrafo para interrogar trabalhadores

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Responsáveis de empresa acusados de usar polígrafo para interrogar trabalhadores

O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra quatro responsáveis de uma empresa de segurança que usava um polígrafo para interrogar os próprios empregados em casos em que se verificava desaparecimento de dinheiro de clientes

Segundo informação disponibilizada na página da Procuradoria Distrital de Lisboa na Internet, os quatro arguidos agora acusados vão responder pela prática de quatro crimes de tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos.

A investigação dirigida pelo Ministério Público (MP) apurou que, «no período compreendido entre Novembro de 2007 e 30 de Junho de 2009, os arguidos, na qualidade de responsáveis da empresa de segurança, utilizaram com habitual-idade um polígrafo para, em sede de processos de investigação disciplinar, averiguar se os seus trabalhadores respondiam ou não com verdade às perguntas que lhes fossem feitas e, por essa via, descobrir se tinham ou não culpa na prática dos factos averiguados».

O MP adianta que os arguidos efectuavam os testes de polígrafo, vulgo detector de mentiras, nos casos em que se verificava desaparecimento de notas com que os Multibancos eram carregados pelos serviços da empresa.

«Faziam-no como suposto método de investigação e em seguida, com base no resultado dos testes, que nunca eram comunicados aos trabalhadores, procediam ao respectivo despedimento», diz o MP, acrescentando que «por vezes ameaçavam os trabalhadores de despedimento caso não aceitassem submeter-se ao teste do detector de mentiras».

Contudo, «uma vez efectuado o teste, verificava-se na mesma o despedimento».

O MP sublinha que o procedimento se revelou «ilegal e desrespeitador da dignidade da pessoa humana, tendo infligido sofrimento psicológico agudo aos ofendidos».


Lusa/SOL
 
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