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PJ investiga abusos a bebé e jovem

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RoterTeufel

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Suspeitas: Detenções dependentes de testemunhos e exames médico-legais
PJ investiga abusos a bebé e jovem

'Filipa', 18 anos, diz-se violada pelo padrasto desde os seis, na zona de Coruche. E ‘Ana’, bebé de apenas dois anos, deu entrada nas Urgências de Santa Maria, Lisboa, com suspeitas de abuso sexual por parte do próprio pai. Os dois casos, denunciados quarta--feira e anteontem à noite, estão entregues à Polícia Judiciária.

Ambos levantam ainda dúvidas – e os investigadores recolhem depoimentos e aguardam por perícias médico-legais antes de avançarem para detenções.

Para já, no caso de ‘Filipa’, têm o depoimento da jovem que se apresentou no posto da GNR de Almeirim, quarta--feira à noite, pelas 23h00, acusando o padrasto de violação desde de que ela tinha seis anos. Seguiu desde logo uma participação para o Ministério Público e a rapariga já foi ouvida pela investigação da Polícia Judiciária.

Quanto à bebé, deu entrada no serviço de Urgência Pediátrica do Hospital de Santa Maria, anteontem à noite, com suspeitas de abuso sexual levantadas pela mãe. Ao que o CM apurou, a criança acabara de chegar a casa depois de uns dias com o pai – de quem a mãe está separada – e apresentou queixas, para além de ser visível uma inflamação.

Os médicos remeteram mais conclusões para perícias médico-legais, que serão realizadas amanhã, mas a secção de investigação a crimes sexuais da PJ de Lisboa foi desde logo alertada.

Fica a certeza, pela primeira observação no Hospital de Santa Maria, de que a criança não foi alvo de penetração. Há suspeitas de outro tipo de abusos – a mãe da bebé diz que esta lhe contou que o pai a magoa, apontando com o dedo para a zona genital.

A relação entre os pais da menor é considerada pouco saudável – a bebé de dois anos fica entregue aos cuidados do pai de duas em duas semanas – e a Judiciária não deverá avançar para uma eventual detenção sem ter primeiro a confirmação pericial dos abusos. Também o suspeito será entretanto interrogado.

No caso de ‘Filipa’, confessou aos militares da GNR, em Almeirim, que fugira de casa, na zona de Coruche, para se livrar de 12 anos de terror dentro de quatro paredes – constantemente vítima de abusos por parte do marido da mãe. Diz que só agora, aos 18 anos, denuncia o violador por ter finalmente ganho alguma independência e por ter sido ameaçada desde sempre pelo padrasto para manter o silêncio.

Há inconsistências no discurso da rapariga e também aqui a PJ mantém a prudência antes de chegar ao suspeito, que já foi à GNR.

PEDIATRIA DE SANTA MARIA ACOLHE VÍTIMAS

Sempre que há uma queixa de violação na zona da Grande Lisboa, os exames médicos são realizados no serviço de Urgência de Pediatria do Hospital de Santa Maria, que conta com

especialistas para cuidar dos casos, existindo mesmo um piquete que funciona 24 horas por dia para tratar destas situações, sempre com urgência, de forma a não serem perdidos vestígios importantes para a prova policial. Em caso de suspeitas ou certezas de abuso sexual, os inspectores da PJ vocacionados para a investigação são chamados. As vítimas são encaminhadas depois para o Instituto Nacional de Medicina Legal.

SUSPEITO PARTICIPA A FUGA DA ENTEADA

Um homem de 47 anos foi apresentar queixa na GNR de Coruche pelo desaparecimento da enteada, de 18 anos, mas, ao registarem o expediente, os militares verificaram que a jovem o tinha denunciado, um dia antes, por violação e abusos sexuais.

O suspeito dirigiu-se ao posto na quinta-feira, dia 1, e informou os militares da GNR de que a enteada não aparecia em casa nem dava notícias há vários dias. Quando tomava conta da ocorrência, o guarda verificou que a rapariga tinha apresentado uma queixa na noite anterior, na GNR de Almeirim. Na denúncia, disse às autoridades que era vítima de abusos sexuais continuados e que o padrasto a violava desde criança, segundo apurou ontem o CM.

Nesse dia terá tentado novamente, e a jovem fugiu. Perante as suspeitas, a GNR participou o caso ao Ministério Público de Almeirim, que entregou o processo à Polícia Judiciária de Lisboa, para investigação.

Enquanto decorrem as diligências para apurar eventuais responsabilidades, o homem, que reside no concelho de Coruche, continua em liberdade.

DISCURSO DIRECTO

"ANÁLISES E PSICOLOGIA": Carlos Poiares, Professor de Psicologia Forense

Correio da Manhã – Como podem agora as autoridades confirmar a veracidade das queixas ?

Carlos Poiares – O trabalho forense nestes casos é o ideal. Em primeiro lugar, vêm as análises físicas, e depois a parte da psicologia, que pode ajudar a chegar à verdade.

– Este procedimento é apenas usado para casos que levantam dúvidas?

– Não. Deve ser utilizado em todas as situações. Nunca se deve pensar à partida que é mentira.

– Isto pode pôr em causa ou atrasar as detenções?

– Este trabalho é rápido e preciso. Em casos em que não há flagrante, as respostas serão dadas pela ciência.

– Se for verdade, que actuação deve ter a Justiça?

– Deve haver logo uma detenção e posteriormente uma avaliação pormenorizada do ambiente familiar.


C.da Manha
 
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