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RoterTeufel
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65% dos votos
Triunfo dos islamitas na primeira volta das eleições egípcias
As listas dos partidos islâmicos alcançaram mais de 65 por cento dos votos na primeira volta das legislativas no Egipto, segundo números divulgados este domingo pelo secretário-geral da comissão eleitoral, Youssri Abdel Karim.
As listas do braço político da influente Irmandade Muçulmana, o Partido da Liberdade e Justiça (PLJ), dos salafistas do Al-Nour (islamitas radicais) e do partido Wassat (islamitas moderados) somam 65,25 por cento dos votos na primeira fase das legislativas, as primeiras após o derrube do regime do presidente Hosni Mubarak, de acordo com os dados oficiais revelados pela France Presse.
O PLJ conseguiu 36,62 por cento (com 3,5 milhões de votos), o Al-Nour 24,36 por cento (2,3 milhões) e o Wassat 4,27 por cento (cerca de 416 mil votos), durante a primeira volta das eleições que abrangeu um terço das províncias egípcias e as duas principais cidades, Cairo e Alexandria.
O Bloco Egípcio, uma coligação liberal, obteve 13,35 por cento (1,2 milhões de votos), sendo considerado o grande derrotado nesta primeira volta.
"Saudamos a escolha do povo egípcio", reagiu um porta-voz do PLJ, Ahmed Sobea.
"O Egipto precisa agora que todas as partes cooperem juntas para sair da crise", disse o mesmo responsável, em declarações à France Presse, numa referência ao período de transição que tem sido marcado por violência e impasses políticos.
Na segunda volta das eleições, que começa na segunda-feira, os movimentos islamitas vão tentar melhorar os resultados para confirmarem o seu domínio do Parlamento.
Mas, neste campo prevê-se também uma acesa disputa entre os candidatos da Irmandade Muçulmana e os da Al-Nour nos lugares que são escolhidos em escrutínio uninominal.
Segundo analistas, a principal surpresa da primeira volta das eleições foi o segundo lugar alcançado pelos salafistas, logo a seguir ao partido oriundo da Irmandade Muçulmana, considerada a força mais organizada do país.
Os salafistas, candidatos pela primeira vez às eleições egípcias, representam uma corrente do islamismo sunita que defende uma interpretação estrita e literal do Corão e a aplicação integral da 'charia', a lei islâmica.
Abdel Karim indicou que a comissão eleitoral só anunciará o número de lugares atribuídos a cada lista depois de 10 de Janeiro, quando terminarem as eleições para a Assembleia do Povo em todo o território.
O ciclo eleitoral vai continuar depois de 29 de Janeiro a 11 de Março com a eleição da Choura (Câmara Alta).
C.da Manha
Triunfo dos islamitas na primeira volta das eleições egípcias
As listas dos partidos islâmicos alcançaram mais de 65 por cento dos votos na primeira volta das legislativas no Egipto, segundo números divulgados este domingo pelo secretário-geral da comissão eleitoral, Youssri Abdel Karim.
As listas do braço político da influente Irmandade Muçulmana, o Partido da Liberdade e Justiça (PLJ), dos salafistas do Al-Nour (islamitas radicais) e do partido Wassat (islamitas moderados) somam 65,25 por cento dos votos na primeira fase das legislativas, as primeiras após o derrube do regime do presidente Hosni Mubarak, de acordo com os dados oficiais revelados pela France Presse.
O PLJ conseguiu 36,62 por cento (com 3,5 milhões de votos), o Al-Nour 24,36 por cento (2,3 milhões) e o Wassat 4,27 por cento (cerca de 416 mil votos), durante a primeira volta das eleições que abrangeu um terço das províncias egípcias e as duas principais cidades, Cairo e Alexandria.
O Bloco Egípcio, uma coligação liberal, obteve 13,35 por cento (1,2 milhões de votos), sendo considerado o grande derrotado nesta primeira volta.
"Saudamos a escolha do povo egípcio", reagiu um porta-voz do PLJ, Ahmed Sobea.
"O Egipto precisa agora que todas as partes cooperem juntas para sair da crise", disse o mesmo responsável, em declarações à France Presse, numa referência ao período de transição que tem sido marcado por violência e impasses políticos.
Na segunda volta das eleições, que começa na segunda-feira, os movimentos islamitas vão tentar melhorar os resultados para confirmarem o seu domínio do Parlamento.
Mas, neste campo prevê-se também uma acesa disputa entre os candidatos da Irmandade Muçulmana e os da Al-Nour nos lugares que são escolhidos em escrutínio uninominal.
Segundo analistas, a principal surpresa da primeira volta das eleições foi o segundo lugar alcançado pelos salafistas, logo a seguir ao partido oriundo da Irmandade Muçulmana, considerada a força mais organizada do país.
Os salafistas, candidatos pela primeira vez às eleições egípcias, representam uma corrente do islamismo sunita que defende uma interpretação estrita e literal do Corão e a aplicação integral da 'charia', a lei islâmica.
Abdel Karim indicou que a comissão eleitoral só anunciará o número de lugares atribuídos a cada lista depois de 10 de Janeiro, quando terminarem as eleições para a Assembleia do Povo em todo o território.
O ciclo eleitoral vai continuar depois de 29 de Janeiro a 11 de Março com a eleição da Choura (Câmara Alta).
C.da Manha