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Tribunal julga homicida de amante da mulher

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RoterTeufel

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Enterrou o crime e entregou-se cinco anos depois
Tribunal julga homicida de amante da mulher

O Tribunal de Leiria inicia na amanhã o julgamento de um homem que confessou ter matado uma pessoa e enterrado o cadáver.

O homem está acusado de homicídio qualificado, por alegadamente ter matado, há cerca de seis anos, "com extrema violência", o ex-marido da mulher com quem vivia, refere o despacho de acusação do Ministério Público (MP).

O acusado, natural de Pombal, terá matado o ex-marido da mulher, em Rego de Água, Marrazes, concelho de Leiria, e enterrado o cadáver numa zona de pinhal entre Pataias e Alpedriz, concelho de Alcobaça.

Segundo o MP, o autor confesso do crime "fê-lo a sangue frio", com "extrema violência" e "agiu consciente, livre e deliberadamente". O MP considera ainda prescritos os crimes de profanação de cadáver e detenção de arma proibida de que inicialmente era suspeito.

De acordo com o despacho, em meados de Agosto 2005, Nuno Coelho "desentendeu-se com a sua mulher", Natália Coelho, "pelo que foi dormir a casa dos seus pais", em Alpedriz, Alcobaça. No dia seguinte tentou contactar por diversas vezes a mulher "para tentar reconciliar-se com ela", mas esta "nunca atendeu o telefone".

Munido da chave do apartamento que ambos habitavam, Nuno Coelho entrou e deparou-se com Natália Coelho e Fernando da Costa juntos. O MP sustenta que o acusado de homicídio "tinha conhecimento" de que "estes mantinham encontros amorosos" razão pela qual o arguido decidiu várias semanas antes "tirar a vida a Fernando da Costa, em momento que se apresentasse oportuno", acrescenta o despacho de acusação.

O cadáver acabaria por ser enterrado entre Pataias e Alpedriz, Alcobaça, num pinhal, tendo Nuno Coelho espalhado cal sobre o corpo para acelerar a sua decomposição, revela o MP de Leiria.

Quase seis anos depois, a viver na Suíça, efectuou diversos telefonemas para Portugal, tanto para a PSP e para a PJ, como para familiares da vítima, confessando a autoria da morte de Fernando da Costa.

O arguido acabaria por se entregar às autoridades portuguesas em Janeiro de 2011, mas o MP de Leiria sublinha, contudo, "as peculiares circunstâncias do regresso do arguido".

Sustenta-se no despacho de acusação de que tal "ocorreu não por via de um efectivo sentimento de arrependimento", mas antes "após o arguido ter tomado conhecimento de que mulher vivia actualmente com outro indivíduo".

O MP argumenta que fica assim explicada a confissão inicial do arguido "na qual pretendeu envolver a sua mulher, por vingança", mas que acabaria por ser contraditada pelo próprio em sede de interrogatório. O arguido encontra-se em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional Regional de Leiria.


C.da Manha
 
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