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Benfica 1 - Otelul 0 !! Um longo bocejo em história já escrita

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Mar 2, 2007
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A tarefa hercúlea de carimbar o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões já havia sido completada anteriormente e o golo de Cardozo, ainda na fase inicial do jogo, permitiu ao Benfica terminar a missão com distinção, dado que assegurou o primeiro lugar no grupo, feito sem exemplo nos últimos 17 anos e que permite à águia escapar ao apetite de muitos dos tubarões ainda na liça. E terá sido esta conjugação de factores, à qual se pode somar uma gritante falta de inspiração, que adormeceu a equipa de Jorge Jesus e transformou uma partida histórica num longo bocejo.

O golo logo aos 7' com a marca do 7 dos encarnados, ao qual Jorge Jesus devolveu ontem a titularidade, confirmou uma tendência preciosa dos encarnados na Champions, dado que foi o seu terceiro jogo consecutivo na prova a marcar antes da primeira dezena de minutos; Rodrigo fizera a festa aos 5' com o Basileia e Phil Jones, na própria baliza, marcara em Old Trafford aos 3'. Mas esta queda para surpreender os adversários rapidamente teve como reverso da medalha uma abrupta diminuição do ritmo ofensivo e também, com o passar do tempo, da concentração defensiva, o que permitiu a uma equipa contrária sem argumentos criar vários momentos de perigo, que em nada resultaram porque Artur se recusou deitar na cama do apuramento.

Jorge Jesus voltou ao esquema mais vezes por si desenhado, com Aimar no apoio directo a Cardozo e Witsel a vestir a farda dos equilíbrios a meio-campo, tendo Javi García nas suas costas. E foi este quarteto o principal responsável pela superioridade encarnada na fase inicial do jogo, visto que a segurança da equipa começou à frente da defesa - algo que faltou na recente eliminação da Taça de Portugal, ante o Marítimo (jogou Matic em vez de Javi García) -, com o médio belga a libertar o génio de El Mago e, depois, o Tacuara a matar na zona de decisão.

Tudo parecia bem encaminhado para que o Benfica partisse para um triunfo seguro, porventura até robusto, algo que há muito não se vê para as bandas da Luz, até porque o adversário romeno se recolheu no seu meio-campo e encetou apenas esporádicos contra-ataques, sempre evidenciando um claro défice qualitativo - os zero pontos com que terminou a prova comprovam-no fielmente ,- só disfarçado a espaços pelo extremo-direito Antal. No entanto, a falta de inspiração revelada por Gaitán e Bruno César deixaram Cardozo fora de combate, ao qual o Tacuara também não aderiu, sempre que Aimar o solicitava, por uma clara inépcia na ligação entre si e os seus companheiros. E o sub-rendimento encarnado só não teve reflexo no marcador ainda antes do intervalo porque entre os postes continua um "monstro" vestido de branco a manter a sua baliza a salvo; aos 34' evitou o golo romeno em dose dupla.

Na segunda metade, e após a entrada em cena de Nolito, o Benfica conseguiu enfim voltar a desequilibrar a estrutura defensiva do Otelul, mas o adormecimento à sombra dos objectivos conquistados levou de novo o jogo a uma toada demasiado morna que permitiu ao adversário correr maiores riscos em zonas mais avançadas, criando alguns embaraços à defesa encarnada que só não assumiram maiores proporções devido à filtragem a meio-campo e à atenção de Artur. Com os serviços mínimos assegurados, o jogo caminhou vagarosamente para o final e para a primeira vitória das águias em casa nesta fase da prova.

"JG"
 
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