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Amor-pefeito (viola tricolor)

corisco

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Família – Das violáceas, planta dicotiledónea anual
Origem – Europa
Símbolo – Esquecimento. Lembrança
Designação vulgar – Também tem os nomes de flor seráfica ou flor daTrindade

Descrição – Pertence o amor-perfeito à família das viloláceas, que se caracterizam: umas por serem herbáceas, sobretudo nas zonas temperadas, e outras lenhosas, principalmente na zona tropical. Têm folhas isoladas, simples, com estipulas foliáceas e persistentes nas herbáceas: escamosas e caducas nas lenhosas. As flores são hermafroditas, pentâmeras, às vezes dimorfas, ou cigomorfas em consequência do desenvolvimento predominante do dado inferior, ou regulares, solitárias axilares ou dispostas em ramos ou espigas axilares e terminais, quase sempre providas de brácteas próprias; têm cinco sépalas livres ou ligeiramente soldadas à base e com estivação imbricada; cinco pétalas livres ou um pouco coerentes, com estivação imbrincada convolutiva, iguais ou desiguais, a inferior prolongada na base em esporão; cinco estames, com filamentos muito curtos e um pouco prolongados sobre as anteras, que são intorsas e a miúdo coniventes num cone que recobre o pistilo; ovário unilocular, ovóide ou globuloso, coroado por um estilete frequentemente encurvado; óvulos numerosos, anátropos, dispostos nas paredes em três duplas filas.

Terra – A melhor que convém ao amor-perfeito é a leve, fértil e substancial. A terra mais recomendável para uma cultura de primeira ordem deve compor-se de: um terço de moliço de folhas, um terço de bosta de vaca e um terço de boa terra franca de jardim com um punhado de pó de carvão vegetal. A sementeira faz-se oito dias depois da terra assim preparada.

Exposição - Arejada e de muita luz, sem todavia ser excessivamente soalheira.

Regas - Moderadas sempre. Se a falta de água mata rapidamente a planta, a muita abundância dela não lhe é menor perniciosa, pois que lhe faz apodrecer as raízes.

Sementeira – Tem lugar em Junho e Outubro. Há cultivadores que preferem entre Agosto e Setembro, sendo esta a melhor época para tal operação.

Reprodução – o amor-perfeito reproduz-se por semente. Esta, para não se perder, o que aliás sucede com frequência, deve acautelar-se as bagas, logo que atingem o período da completa maturação, em papelotes. Quando se procede á sementeira, deve-se previamente peneirar-se a terra que vai servir de cama às plantas, por um crivo fino, misturando-a logo com o estrume, e sendo por último alisada com uma pequena régua. Rega-se depois e espera-se que ela satura bem de água, efectuando-se rapidamente a sementeira. Finda esta, comprimem-se e aconchega-se com uma pequena tábua; rega-se depois, borrifando-a com um regador de ralo fino.

Transplantação – Apenas as plantas lançam dois ou três pares de folhas, executa-se a primeira transplantação para outra terra ou para outros vasos, espaçando-se por maneira que mais tarde possam novamente ser transplantadas levando aderentes os torrões.
8 a 10 centímetros de distância de pé a pé bastam para o fim que se deseja. Feita a primeira transplantação, se esta foi executada em vasos, devem colocar-se em sítio meio sombrio, até pegarem.
Quando tal sucede é de toda a conveniência habituá-los gradualmente à luz e calor do sol.
A segunda transplantação tem lugar quando as plantas atingem o desenvolvimento médio. Executa-se pelo mesmo modo da primeira, devendo tão só mente atender-se q que o espacejamento entre pés deva ser maior, de 15 a 20 centímetros.
Desenvolvida completamente a planta, é então que se efecuta a terceira e última transplantação.
Ainda nesta convém observar regras iguais às das precedentes, guardando entre os pés espaços da 30 centímetros.

Tratamento - Dispostas definitivamente as plantas nos locais que lhe foram destinados, regam-se diariamente, devendo também uma vez por semana substituir a água simples por uma solução de estrume de cavalariça ou, o que será melhor ainda de bosta de vaca, que previamente se deverá por a macerar em água durante alguns dias.
Querendo obter flores grandes, deve-se ter cuidado de deixar em cada pé apenas um pequeno número de hastes, eliminando, mesmo com a unha, a cada uma destas ramificações as extremidades. Assim, a parte vegetativa restante colhe grande vigor, e as flores produzidas, aproveitando desafogadamente toda a seiva, adquirem desenvolvimento maior.
Quando as plantas das primeiras sementeiras começam a mostrar flor ainda no Inverno, deve proceder-se ao descabeçamento desses pés; esta operação aproveitará à florescência primaveril.
É raro ver a semente de qualquer variedade de amores-perfeitos reproduzir exactamente a planta-mãe. Assim, havendo empenho em conservar a variedade, aproveitam-se os rebentões da planta que se acham providos de algumas raízes, fazendo-se por eles a reprodução.
Ainda, e para conservar à florescência todo o seu brilho natural, usa-se também espalhar, em redor de cada pé, um pouco de estrume novo ou palha retirada da cama dos gados. Consegue-se por este meio entreter a humidade das raízes, e ao mesmo tempo obsta-se a que as regas e as chuvas estraguem as flores, salpicando-as de terra.
Um pequeno vaso com um pé de amor-perfeito, bem tratado, é de magnífico efeito.
 
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