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'Temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses'

florindo

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'Temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses'


Num jantar de Natal do PS em Castelo de Paiva, o vice-presidente da bancada do PS referiu que Portugal devia ameaçar deixar de pagar a dívida nacional.

«Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses – ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos. As pernas dos banqueiros alemães até tremem», disse na altura em declarações captadas pela Rádio Paivense FM e retransmitidas hoje pela Renascença.

«A primeira responsabilidade de um primeiro-ministro é tratar do seu povo. Na situação em que nós vivemos, estou-me marimbando para os credores e não tenho qualquer problema enquanto político e deputado de o dizer», acrescentou no jantar.

Pedro Nuno Santos disse entretanto à Lusa que nunca defendeu que Portugal deixe de pagar a dívida aos países credores como sugerem declarações suas feitas no sábado e captadas pela Rádio Paivense FM.

Essas declarações «são alguns segundos de uma intervenção muito longa, mas não fiz a apologia ao não pagamento da dívida», afirmou Pedro Nuno Santos à Lusa.

«Aquilo que quis dizer é que um Governo na situação em que o nosso está deve usar todas as armas negociais para impor melhores condições e, de certa forma, aliviar os sacrifícios que têm sido impostos ao povo português. E isso reafirmo», acrescentou.

«Eu fiz uma intervenção num jantar de militantes num registo mais popular e informal, mas reafirmo o que quis dizer», assegurou hoje à Lusa o também presidente da Federação de Aveiro do PS.

«Vivemos uma crise existencial na Europa, não estamos num tempo de falinhas mansas e se tivermos de optar entre os interesses dos países credores e os interesses do povo português, não hesitarei - e acho que nenhum político deve hesitar - na defesa dos interesses do povo português», explicou.

«Há limites para os sacrifícios que se pode impor a um povo e se a situação económica em Portugal continuar a agravar-se, o Governo português - como qualquer Governo de países periféricos em dificuldades - deve usar todas as armas negociais que tiver ao seu dispor para conseguir melhores condições para o crescimento económico e até para o pagamento da própria dívida», adiantou ainda, acrescentando que «foi com este objectivo que fez aquelas declarações».

Sublinhando que a dívida de Portugal é «uma arma negocial», Pedro Nuno Santos defendeu também que os países periféricos endividados «deviam constituir uma aliança - tal como faz a França e a Alemanha - e pressionar mudanças na União Europeia que permitam não sacrificar mais os povos»


Lusa/SOL
 
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