R
RoterTeufel
Visitante
Pedidos de ajuda aumentaram
Junta de S. José vai entregar 256 cabazes a idosos e famílias
A crise económica fez disparar as necessidades de apoio na freguesia lisboeta de São José, em Lisboa. Este domingo, a autarquia vai entregar 256 cabazes de Natal a idosos carenciados e famílias afectadas pelo desemprego, numa iniciativa que envolve moradores e comerciantes.
Em vésperas da distribuição dos cabazes de Natal, o presidente da Junta de Freguesia de São José, Vasco Morgado, encarrega-se da preparação das ofertas. Paletes de sumos, azeites, latas de atum ou de pêssego acumulam-se no corredor que dá acesso ao gabinete do presidente. Na sala, Vasco Morgado prepara cada um dos 256 cabazes de Natal.
Cada cabaz, com um valor estimado em cerca de 40 euros, contém um quilo de bacalhau, bolo-rei, arroz, massa, atum, azeite, vinho, sumo, grão, salsichas, cevada e fruta em calda.
Nesta freguesia lisboeta, a solidariedade tem de custar o menos possível e, por isso, todos contribuem. Os produtos que compõem os cabazes de Natal -- à exceção do bacalhau -- foram oferecidos pelas marcas, através dos restaurantes, e por estabelecimentos da freguesia. As garrafas de vinho, por exemplo, vêm da vinha privada do gerente de um banco na Praça da Alegria.
No natal passado, a junta de freguesia ofereceu 160 cabazes a idosos, este ano serão 256, e destinam-se também a famílias com filhos, afectadas pelo desemprego.
"Detectámos famílias com dois, três filhos, em que há um dos pais no desemprego ou a quem o ordenado foi cortado. Estas pessoas ainda não estão na pobreza, mas estão naquele limiar", descreveu Vasco Morgado, que referiu que, nestes casos, as famílias conseguem manter as contas equilibradas durante os primeiros meses, recorrendo a poupanças ou ajuda de familiares, mas depois "entram numa roda livre de dívidas".
Além deste apoio pontual na época de Natal, a junta de freguesia fornece bens alimentares, com regularidade, a estas famílias, para que, poupando na compra de produtos como arroz, massas, manteiga ou leite, consigam pagar a prestação da casa ou as contas mensais.
Numa freguesia com cerca de 3200 habitantes, as conversas de café e as relações de vizinhança ainda funcionam como alerta para conhecer casos destas famílias de "pobreza envergonhada".
Este ano, o número de famílias acompanhadas pela junta de freguesia passou de 80 para 153, revelou o presidente da junta de freguesia.
"Este cabaz de Natal é o começo da solidariedade", disse Vasco Morgado, anunciando que no próximo ano será criado o "cartão da freguesia", que permitirá aos moradores ter descontos nas lojas.
C.da Manha
Junta de S. José vai entregar 256 cabazes a idosos e famílias
A crise económica fez disparar as necessidades de apoio na freguesia lisboeta de São José, em Lisboa. Este domingo, a autarquia vai entregar 256 cabazes de Natal a idosos carenciados e famílias afectadas pelo desemprego, numa iniciativa que envolve moradores e comerciantes.
Em vésperas da distribuição dos cabazes de Natal, o presidente da Junta de Freguesia de São José, Vasco Morgado, encarrega-se da preparação das ofertas. Paletes de sumos, azeites, latas de atum ou de pêssego acumulam-se no corredor que dá acesso ao gabinete do presidente. Na sala, Vasco Morgado prepara cada um dos 256 cabazes de Natal.
Cada cabaz, com um valor estimado em cerca de 40 euros, contém um quilo de bacalhau, bolo-rei, arroz, massa, atum, azeite, vinho, sumo, grão, salsichas, cevada e fruta em calda.
Nesta freguesia lisboeta, a solidariedade tem de custar o menos possível e, por isso, todos contribuem. Os produtos que compõem os cabazes de Natal -- à exceção do bacalhau -- foram oferecidos pelas marcas, através dos restaurantes, e por estabelecimentos da freguesia. As garrafas de vinho, por exemplo, vêm da vinha privada do gerente de um banco na Praça da Alegria.
No natal passado, a junta de freguesia ofereceu 160 cabazes a idosos, este ano serão 256, e destinam-se também a famílias com filhos, afectadas pelo desemprego.
"Detectámos famílias com dois, três filhos, em que há um dos pais no desemprego ou a quem o ordenado foi cortado. Estas pessoas ainda não estão na pobreza, mas estão naquele limiar", descreveu Vasco Morgado, que referiu que, nestes casos, as famílias conseguem manter as contas equilibradas durante os primeiros meses, recorrendo a poupanças ou ajuda de familiares, mas depois "entram numa roda livre de dívidas".
Além deste apoio pontual na época de Natal, a junta de freguesia fornece bens alimentares, com regularidade, a estas famílias, para que, poupando na compra de produtos como arroz, massas, manteiga ou leite, consigam pagar a prestação da casa ou as contas mensais.
Numa freguesia com cerca de 3200 habitantes, as conversas de café e as relações de vizinhança ainda funcionam como alerta para conhecer casos destas famílias de "pobreza envergonhada".
Este ano, o número de famílias acompanhadas pela junta de freguesia passou de 80 para 153, revelou o presidente da junta de freguesia.
"Este cabaz de Natal é o começo da solidariedade", disse Vasco Morgado, anunciando que no próximo ano será criado o "cartão da freguesia", que permitirá aos moradores ter descontos nas lojas.
C.da Manha