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RoterTeufel
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Egipto: Segundo dia de manifestações contra a Junta Militar
Tropas reprimem protesto no Cairo
Pelo menos dez pessoas morreram e 300 ficaram feridas nos confrontos de ontem e de sexta-feira na praça Tahrir, no Cairo, onde soldados egípcios atacaram centenas de manifestantes à bastonada e a tiro. O primeiro-ministro interino, Kamal al-Ganzouri, acusou os manifestantes de fazerem um "ataque à revolução" e assegurou que os protestos pacíficos "não serão reprimidos".
Um responsável do Exército explicou a violência dizendo que os soldados reagiram a disparos feitos "por rufiões e não por manifestantes".
No entanto, imagens de vídeo mostram soldados a perseguir pessoas desarmadas por ruas anexas à praça Tahrir, a derrubarem algumas delas e a agredirem-nas à bastonada e com pontapés em todo o corpo quando já estavam inanimadas.
Enquanto isto acontecia, Kamal al-Ganzouri reiterava a promessa de respeito pelos protestos pacíficos: "Não serão alvo de qualquer tipo de violência."
Os confrontos estalaram sexta-feira, um dia após o final da segunda fase das legislativas, quando milhares de manifestantes se envolveram em luta com as tropas junto ao Parlamento.
"Ouvi dizer que tudo começou quando um adepto do Al-Ahly foi espancado pela polícia e detido, mas não sei se é verdade. Além disso, os manifestantes não queriam deixar o ministro do Interior ir para o gabinete, o que degenerou em pedradas e pancadaria", afirmou ao CM o treinador português do Al-Ahly, Manuel José, que reside a 1500 metros da praça Tahrir.
A Junta Militar, poder de facto no Egipto desde a deposição de Hosni Mubarak, em Fevereiro, manifestou pesar pelas mortes e prometeu indemnizar as famílias "dos mártires".
TUNÍSIA INAUGURA ESTÁTUA AO 'AUTOR' DA REVOLTA ÁRABE
Foi inaugurada ontem, em Sidi Bouzid, Tunísia, uma estátua em honra de Mohamed Bouazizi, o vendedor de fruta local cujo suicídio, a 18 de Dezembro do ano passado, deu origem à revolta que pôs fim a 23 anos de ditadura de Zine el-Abidine Ben Ali e à onda de revolta conhecida como Primavera Árabe.
O novo presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, presidiu à cerimónia, ante milhares de pessoas, e afirmou: "Agradeço a esta cidade por trazer dignidade a todo o povo tunisino."
C.da Manha
Tropas reprimem protesto no Cairo
Pelo menos dez pessoas morreram e 300 ficaram feridas nos confrontos de ontem e de sexta-feira na praça Tahrir, no Cairo, onde soldados egípcios atacaram centenas de manifestantes à bastonada e a tiro. O primeiro-ministro interino, Kamal al-Ganzouri, acusou os manifestantes de fazerem um "ataque à revolução" e assegurou que os protestos pacíficos "não serão reprimidos".
Um responsável do Exército explicou a violência dizendo que os soldados reagiram a disparos feitos "por rufiões e não por manifestantes".
No entanto, imagens de vídeo mostram soldados a perseguir pessoas desarmadas por ruas anexas à praça Tahrir, a derrubarem algumas delas e a agredirem-nas à bastonada e com pontapés em todo o corpo quando já estavam inanimadas.
Enquanto isto acontecia, Kamal al-Ganzouri reiterava a promessa de respeito pelos protestos pacíficos: "Não serão alvo de qualquer tipo de violência."
Os confrontos estalaram sexta-feira, um dia após o final da segunda fase das legislativas, quando milhares de manifestantes se envolveram em luta com as tropas junto ao Parlamento.
"Ouvi dizer que tudo começou quando um adepto do Al-Ahly foi espancado pela polícia e detido, mas não sei se é verdade. Além disso, os manifestantes não queriam deixar o ministro do Interior ir para o gabinete, o que degenerou em pedradas e pancadaria", afirmou ao CM o treinador português do Al-Ahly, Manuel José, que reside a 1500 metros da praça Tahrir.
A Junta Militar, poder de facto no Egipto desde a deposição de Hosni Mubarak, em Fevereiro, manifestou pesar pelas mortes e prometeu indemnizar as famílias "dos mártires".
TUNÍSIA INAUGURA ESTÁTUA AO 'AUTOR' DA REVOLTA ÁRABE
Foi inaugurada ontem, em Sidi Bouzid, Tunísia, uma estátua em honra de Mohamed Bouazizi, o vendedor de fruta local cujo suicídio, a 18 de Dezembro do ano passado, deu origem à revolta que pôs fim a 23 anos de ditadura de Zine el-Abidine Ben Ali e à onda de revolta conhecida como Primavera Árabe.
O novo presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, presidiu à cerimónia, ante milhares de pessoas, e afirmou: "Agradeço a esta cidade por trazer dignidade a todo o povo tunisino."
C.da Manha