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Venezuela: Hugo Chávez acusa Barack Obama de ser "falso"

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RoterTeufel

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Declarações do presidente venezuelano tiveram lugar no âmbito de um Conselho de Ministros transmitido em directo por canal estatal
Venezuela: Hugo Chávez acusa Barack Obama de ser "falso"

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou esta terça-feira o seu homólogo norte-americano de ser "falso" depois de Barack Obama ter alertado que as relações com o Irão não são benéficas para os venezuelanos e questionadas algumas políticas do governo da Venezuela.

"Nós somos livres e nunca seremos uma colónia tua nem de ninguém (...) Obama és a vergonha da África, por seres afrodescendente, deixa-nos tranquilos, mas cumprindo com a tua gente, aqui não virás tu nem os Estados Unidos impor-nos nada", disse.

As declarações do presidente Hugo Chávez tiveram lugar no âmbito de um Conselho de Ministros transmitido em directo pelo canal estatal Venezuelana de Televisão, durante o qual o Chefe de Estado fez referência a declarações de Barack Obama dadas ao jornal caraquenho El Universal.

“Agora (Barack Obama) anda a procurar votos, atacando a Venezuela. Não sejas tão irresponsável, és um falso", frisou. Durante a entrevista, Barack Obama explica que "os Estados Unidos não têm intenções de intervir nas relações externas da Venezuela", mas opina que "os vínculos" do Governo de Hugo Chávez "com o Irão e com Cuba não têm beneficiado os interesses da Venezuela nem da sua gente".

"Alguns (governos) na região, incluindo o da Venezuela têm demonstrado tendências anti EUA, mas francamente não acredito que os cidadãos da América queiram viver no passado em vez de avançarem ao futuro. Acho que a maioria da gente da América Latina está cansada de retomar velhas batalhas ideológicas", afirma.

Por outro lado sublinha que as inquietações da comunidade internacional sobre o Irão "não são nenhum mistério" e que "tarde ou cedo a gente da Venezuela terá que determinar que possível vantagem existe em se ter uma relação com um país que viola os direitos humanos universais e que está isolado da maior parte do mundo".

"No continente americano tomámos as actividades iranianas, incluindo na Venezuela, sumamente em série e continuaremos a monitorizá-las de perto", afirma, recordando que recentemente os EUA impuseram sanções à estatal Petróleos da Venezuela por vender componentes de gasolina ao Irão.

Sobre Cuba o primeiro mandatário norte-americano afirma que "o futuro tem que ser determinado livremente pela gente de Cuba" e "infortunadamente essa não tem sido a realidade durante várias décadas, nem é a realidade actual", mas sublinha que "a história demonstra que uma imprensa livre, magistrados e magistraturas fortes e independentes são elementos essenciais de uma sociedade livre" e que tanto os EUA com a Venezuela têm a responsabilidade de defender esses direitos humanos fundamentais.

"Temos sentido uma grande inquietude ao ver que se têm tomado medidas (na Venezuela) para restringir a liberdade de imprensa, assim como para corroer a separação de poderes, que são tão necessários para que a democracia prospere. Em todos os países da região queremos ver eleições que sejam livres e justas", afirma.

Durante a entrevista ao El Universal, o presidente dos EUA explica que "os vínculos entre o povo norte-americano e o venezuelano são fortes" e que actualmente perdura uma relação económica que beneficia ambos países. Também os "EUA têm interesse em colaborar nos assuntos de interesse comuns com governos que estejam interessados em colaborar construtivamente".

O presidente acusa a Venezuela de não cooperar na luta contra o narcotráfico. "E, tal como disse, preocupam-nos as acções do Governo que têm restringido os direitos do povo venezuelano, ameaçado os valores democráticos básicos e deixado de contribuir com a segurança na região", sublinhou.


C.da Manha
 
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