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Chineses ganham corrida à EDP

Fonsec@

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A China Three Gorges é a vencedora da privatização da elétrica portuguesa. Para atrás ficam a Eletrobras e a E.ON. É a maior privatização de sempre. Foi uma luta renhida até ao fim.

A informação de que o vencedor é a China Three Gorges foi confirmada ao Expresso por fonte governamental. A vencedor do concurso deverá ser anunciado em breve no briefing do Conselho de Ministros marcado para as 15h00.
Em fases diferentes do processo todos os três principais candidatos foram considerados favoritos à compra de 21,35%, a primeira grande privatização de um conjunto de operações de alienação de empresas ou participações públicas em empresas impostas pela troika. Mas só podia vencer um. Ganhou a China Three Gorges, apontada como a oferta mais alta em termos de valor, foram derrotadas a E.ON e a Eletrobras.
O Estado vai encaixar 2,7 mil milhões de euros, o valor mais alto de sempre. O recorde anterior tinha sido batido igualmente pela EDP, quando em 1998 a privatização da elétrica tinha rendido 2, 4 mil milhões de euros. Foi a Three Gorges quem ofereceu mais dinheiro, 2,69 mil milhões de euros, seguida da Eletrobras (2,56 mil milhões de euros) e da E.ON (2,54 mil milhões de euros)
Os quatro candidatos - E.ON, China Three Gorges, Eletrobras e Cemig - estavam a postos desde as 09h00 de hoje para responder a qualquer questão do Conselho de Ministros, onde foi feita a escolha do candidato vencedor.
Nas últimas semanas a luta pela vitória na privatização foi dura e fez-se a vários níveis, inclusive político, com um elevado nível de contra-informação. A pressão sobre os candidatos aumentou quando se tornou público que o conselho geral de supervisão da EDP, onde têm assentos os grandes acionistas da elétrica, votaram a favor das propostas da E.ON e da ChinaThree Gorges, chumbando as das brasileiras Eletrobras e Cemig.

Propostas dos três principais candidatos


CHINA THREE GORGES
- Oferta de 2,69 mil milhões de euros (3,45 euros por ação) pelos 21,35% - Cedência de uma linha de crédito de 2 mil milhões de euros, concedida pelo banco chinês CDB. Promessa de uma linha adicional de 2 mil milhões euros
- Controlo de apenas 21,35% da EDP, com a possibilidade de comprar os restantes cerca de 4% detidos pelo Estado
- Compra de participações minoritárias em parques eólicos da EDP Até 2 mil milhões de euros
- Construção de uma fábrica de turbinas eólicas em Portugal até ao verão de 2013

E.ON

- Oferta de 2,54 mil milhões de euros (3,25 euros por ação) pelos 21,35%
- Propõe entregar uma das participadas na área da geração e distribuição elétrica (incluindo centrais termoelétricas e a carvão) em Espanha, no montante de 1,8 mil milhões de euros, em troca de uma posição direta na EDP
- Compromisso de financiamento da EDP na ordem dos 400 milhões de euros
-Compra de participações minoritárias em parques eólicos da EDP
- Criar um centro de investigação e desenvolvimento de energia renovável em Portugal

ELETROBRAS
- Oferta de 2,56 mil milhões de euros (3,28 euros por ação) pelos 21,35%

- Pedido do aumento do limite do uso dos direitos de voto de 20% para 32%
- Realização de um acordo parassocial com um ou mais acionistas da EDP por forma ficar com uma posição de controlo, mas inferior a 33,33% do capital, limite para o lançamento da OPA
- Compra de participações minoritárias em parques eólicos da EDP, num investimento que poderá ir até aos mil milhões de euros



Expresso
 

Fonsec@

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Chineses oferecem cerca de 8,7 mil milhões de euros para ficar com EDP

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O compromisso firme de financiamento dos chineses à EDP, no valor de dois mil milhões de euros, que é crucial para a empresa dadas as suas necessidades de refinanciamento na actual conjuntura dos mercados financeiros, com a possibilidade de este valor ser duplicado para quatro mil milhões de euros, foi um factores que pesou na escolha da Three Gorges para novo accionista da EDP, apurou o SOL. A decisão foi hoje formalizada por decisão colegial em Conselho de Ministros, aguardando-se a sua comunicação oficial.
Por outro lado, os chineses que agora compram os 21,35% da EDP ao Estado português, por 2,7 mil milhões de euros, garantem uma injecção imediata de outros 2 mil milhões de euros através da compra de parques eólicos, que a EDP continuará a controlar e a consolidar.
Fora o crédito que ainda prometem injectar na economia portuguesa, com a instalação de bancos locais em Portugal (China Development Bank expandirá a sua sucursal para Banco e o ICBC, o maior banco do mundo, instalará uma sucursal em Portugal), os chineses estão a pagar perto de 8,7 mil milhões de euros para entrarem na EDP, somando o valor que pagam ao Estado pela participação accionista e o cash que vão injectar na empresa para reduzir dívida e apoiar o projecto industrial.
E não exigiram qualquer cláusula de salvaguarda quanto às acções da empresa. Ou seja, não fizeram depender a sua permanência na empresa das condições económicas do país, factor que pesou favoravelmente na decisão do Governo por demonstrar um real interesse dos compradores no projecto industrial da eléctrica, apurou o SOL.

(em actualização)
 

Matapitosboss

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Mais ano, menos ano, Portugal vai ser dominado por chineses, é que eles vieram e vieram para ficar!
 

Fonsec@

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Mais ano, menos ano, Portugal vai ser dominado por chineses, é que eles vieram e vieram para ficar!

Sem duvida, infelizmente poderá ser uma maneira de Portugal sair do buraco em que está metido, mas também quem já quase é dono dos EUA só não o será de Portugal senão quiser.
 
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