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RoterTeufel
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O pior acidente naquelas águas numa década
Nigéria: Petróleo derramado no mar a caminho da costa
Um derrame de petróleo ao largo da Nigéria, que deverá ser o pior naquelas águas numa década, poderá atingir hoje as praias do país, anunciou uma fonte do Governo nigeriano, citada pela agência Associated Press.
A fuga ocorreu no campo Bonga, da petrolífera Shell e afectou 160 quilómetros de oceano ao largo da Nigéria, disse o presidente da Agência Nacional para a Detecção e Resposta a Fugas de Petróleo, Peter Idabor.
A Shell, maior produtora de petróleo da Nigéria, anunciou na passada quarta-feira que a fuga ocorreu quando os funcionários tentavam transferir petróleo para um petroleiro. A origem da fuga já foi fechada, disse hoje Peter Idabor, admitindo no entanto que o crude ainda ameaça a costa e a vida selvagem da região.
Segundo as previsões da Shell, o derrame terá sido de menos de 40 mil barris, o que equivale à quantidade derramada num campo da Mobil em 1998. "Desde o derrame da Mobil, este é o maior", disse Peter Idabor.
No entanto, destacou que a Nigéria está hoje mais bem preparada e tem 210 toneladas de dispersante pronto a ser usado para combater o derrame.
Segundo a agência France Presse, a Shell está a recorrer a navios e aeronaves para tentar conter o petróleo, utilizando dispersante e equipamento de infravermelhos para detectar as zonas onde a camada de petróleo é mais densa. A empresa estima que cerca de 50 por cento do petróleo derramado já tenha desaparecido, graças à dispersão natural e à evaporação.
As autoridades nigerianas esperam usar diques flutuantes e químicos para dispersar e recolher o petróleo derramado, disse por seu lado Peter Idabor.
Peritos britânicos estão a caminho da Nigéria para ajudar a combater o desastre.
O campo petrolífero de Bonga fica a cerca de 120 quilómetros da costa Nigéria e tem capacidade para produzir 200 mil barris de petróleo por dia, mas a produção foi suspensa desde que ocorreu a fuga.
Os ambientalistas culpam a Shell e outras petrolíferas estrangeiras de poluir o delta do Niger e estimam que 550 milhões de galões (2,4 mil milhões de litros) de petróleo tenham sido derramados nos 50 anos de actividade da Shell na Nigéria.
A empresa, por seu lado, tem afirmado que a maioria das fugas no delta do Niger se deve à actividade criminosa, já que os pipelines são muitas vezes perfurados para roubar crude, que depois é vendido no mercado negro.
A Nigéria, estado membro da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), produz cerca de 2,4 milhões de barris por dia, sendo o principal fornecedor dos EUA.
C.da Manha
Nigéria: Petróleo derramado no mar a caminho da costa
Um derrame de petróleo ao largo da Nigéria, que deverá ser o pior naquelas águas numa década, poderá atingir hoje as praias do país, anunciou uma fonte do Governo nigeriano, citada pela agência Associated Press.
A fuga ocorreu no campo Bonga, da petrolífera Shell e afectou 160 quilómetros de oceano ao largo da Nigéria, disse o presidente da Agência Nacional para a Detecção e Resposta a Fugas de Petróleo, Peter Idabor.
A Shell, maior produtora de petróleo da Nigéria, anunciou na passada quarta-feira que a fuga ocorreu quando os funcionários tentavam transferir petróleo para um petroleiro. A origem da fuga já foi fechada, disse hoje Peter Idabor, admitindo no entanto que o crude ainda ameaça a costa e a vida selvagem da região.
Segundo as previsões da Shell, o derrame terá sido de menos de 40 mil barris, o que equivale à quantidade derramada num campo da Mobil em 1998. "Desde o derrame da Mobil, este é o maior", disse Peter Idabor.
No entanto, destacou que a Nigéria está hoje mais bem preparada e tem 210 toneladas de dispersante pronto a ser usado para combater o derrame.
Segundo a agência France Presse, a Shell está a recorrer a navios e aeronaves para tentar conter o petróleo, utilizando dispersante e equipamento de infravermelhos para detectar as zonas onde a camada de petróleo é mais densa. A empresa estima que cerca de 50 por cento do petróleo derramado já tenha desaparecido, graças à dispersão natural e à evaporação.
As autoridades nigerianas esperam usar diques flutuantes e químicos para dispersar e recolher o petróleo derramado, disse por seu lado Peter Idabor.
Peritos britânicos estão a caminho da Nigéria para ajudar a combater o desastre.
O campo petrolífero de Bonga fica a cerca de 120 quilómetros da costa Nigéria e tem capacidade para produzir 200 mil barris de petróleo por dia, mas a produção foi suspensa desde que ocorreu a fuga.
Os ambientalistas culpam a Shell e outras petrolíferas estrangeiras de poluir o delta do Niger e estimam que 550 milhões de galões (2,4 mil milhões de litros) de petróleo tenham sido derramados nos 50 anos de actividade da Shell na Nigéria.
A empresa, por seu lado, tem afirmado que a maioria das fugas no delta do Niger se deve à actividade criminosa, já que os pipelines são muitas vezes perfurados para roubar crude, que depois é vendido no mercado negro.
A Nigéria, estado membro da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), produz cerca de 2,4 milhões de barris por dia, sendo o principal fornecedor dos EUA.
C.da Manha