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Família Sebastião comovida com ajuda do Governo dos Açores

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Família Sebastião comovida com ajuda do Governo dos Açores


A família portuguesa de dez pessoas com ordem de repatriamento do Canadá comoveu-se com a ajuda anunciada pelo Governo Regional dos Açores, que criou uma equipa técnica para ajudar à sua integração no regresso ao arquipélago no dia 29.

«É muito boa essa oferta. Eu queria era ficar no Canadá, mas mesmo que regresse aos Açores sei agora que tenho essa ajuda. Agradeço muito, muito», frisou à Lusa na terça-feira o chefe da família, Paulo Sebastião.

Quer os pais - Paulo e Maria Irene - como a filha mais velha - Marília choraram perante a notícia do comunicado, ao fim da tarde de terça-feira, do Governo Regional dos Açores, anunciando que estão garantidas casas arrendadas e apoio por parte de uma equipa técnica do Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores (IDSA) para a sua integração.

«Os Açores e os portugueses estão a receber-nos de braços abertos e a dar-nos apoio, enquanto o Canadá nos está a mandar embora, mesmo com quatro crianças canadianas», disse à Lusa Marília Sebastião.

«Seria bom que o Canadá seguisse o exemplo de Portugal. Eu tenho orgulho em ser portuguesa», adiantou ainda.

Com o repatriamento, Marília Sebastião viverá uma separação, porque ela viajará para Portugal com os dois filhos, mas o marido, um turco com autorização de residência, permanece no Canadá.

Apesar de saber que tem oportunidade de retornar ao Canadá, devido ao pedido de autorização pendente na imigração, Marília declarou: «Sei que voltarei ao Canadá, mas agora fico mais descansada por saber que os meus pais têm ajuda do Governo dos Açores».

A família Sebastião - constituída por Paulo e Maria Irene (pais, de 46 e 44 anos respectivamente) os quatro filhos (Marília, 27, Vanessa, 23, Paulo Júnior, 19, e Beatriz, 13 quatro netos, com menos de cinco anos, já nascidos no Canadá e sob os quais não pende a ordem de deportação - tem a viagem para Portugal marcada para dia 29, após ver recusado os seus pedidos de imigração.

«Toda a minha vida, nunca tive medo de trabalhar. Trabalhava nos Açores e a família era grande. Aqui no Canadá também trabalhava e tenho emprego», disse Paulo Sebastião, originário de Rabo de Peixe, em São Miguel, onde a família «não tem nada».

O Governo Regional dos Açores anunciou o arrendamento de moradias em Rabo de Peixe para acolher a família de dez pessoas deportada do Canadá que chega na sexta-feira ao arquipélago.

A família de Paulo Sebastião, que vivia no Canadá desde 2001, recebeu ordem de repatriamento em 2007, «tendo até agora esgotado todos os recursos legais possíveis para evitar a execução do repatriamento decidido pelas autoridades canadianas», adianta uma nota do executivo açoriano.

Segundo o Governo, através da Direcção Regional das Comunidades e do Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores (IDSA), foi estabelecido um plano de intervenção, que incluiu a preparação de uma equipa técnica para a recepção dos cidadãos em causa logo à sua chegada ao aeroporto de Ponta Delgada.

A equipa técnica está mobilizada para apoiar este caso de deportação e, após as tarefas de recepção e alojamento, «desenvolverá todas as acções necessárias à integração na escola por parte dos quatro menores que integram a família, promovendo, ao mesmo tempo, o enquadramento dos seus restantes membros», adiantou o executivo.

Antes do anúncio do Governo açoriano, em declarações à agência Lusa, a Junta de Freguesia e familiares directos da família de Paulo Sebastião reconhecerem pouco poderem fazer para ajudar os deportados.


Lusa/SOL
 
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