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O ano da morte de Steve Jobs

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In Memoriam
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O ano de 2011 está prestes a terminar. Num sector em constante desenvolvimento, como é o caso das Tecnologias de Informação, foram vários os acontecimentos que marcaram os últimos 12 meses. Mas 2011 será para sempre conhecido como o ano em que o visionário co-fundador da Apple, Steve Jobs, faleceu. Em jeito de balanço, o SOL passa o ano tecnológico em revista, focando os principais acontecimentos de 2011
A Apple e o legado de Steve Jobs
Se houve acontecimento que marcou para sempre o ano tecnológico de 2011, esse acontecimento foi a morte de Steve Jobs.
A 5 de Outubro passado, um dia após a apresentação do iPhone 4S, a mais recente versão do smartphone da Apple, Steve Jobs faleceu, vítima de complicações causadas por um cancro do pâncreas diagnosticado há vários anos, que já tinha levado o mítico co-fundador da Apple a pedir baixa em algumas ocasiões no passado.
A sua morte foi recordada em todo o mundo, não só na comunidade de fãs da maçã, mas também pelos seus pares e antigos rivais, como Bill Gates.
Como legado Tim Cook, o actual CEO da Apple, recebeu uma das empresas mais valiosas e com uma das marcas mais fortes do mundo, reconhecível no design de dispositivos como o iPhone ou o iPad, e em serviços que mudaram a forma como ouvimos música, como o iTunes.
O ano que está a terminar foi ainda o ano em que a Apple travou uma longa batalha judicial com a Samsung, onde as duas fabricantes trocaram acusações de alegadas violações de patentes em vários países.
O resultado final destas quezílias ainda está longe do fim e promete continuar durante os próximos meses.

Os hacktivistas ganham força e aumentam os ciberataques

2011 foi também o ano em que o ciber-activismo ganhou uma grande força, em grande parte devido a grupos como o Anonymous ou o LulzSec, colectivos de hackers que surgiram inicialmente em defesa do WikiLeaks e da liberdade de expressão na Internet.
Depois dos primeiros ataques contra entidades como o PayPal e a Mastercard, que se recusaram a processar pagamentos electrónicos feitos pelos doadores do projecto de Julian Assange (outra das figuras do ano na área da Internet), nos últimos meses foram relatados diversos casos onde estes grupos atacaram instituições governamentais e financeiras, em nome da luta contra a corrupção e o capitalismo.
A mais recente vaga de ataques ocorreu esta semana e afectou duas organizações especializadas em questões de segurança.
Portugal não foi excepção e também nas últimas semanas facções nacionais destes grupos anunciaram ataques bem sucedidos contra sites de partidos políticos e entidades públicas portuguesas, que sofreram na pele a fúria dos hacktivistas.
A nível internacional, 2011 foi ainda um ano em que se conheceram novos casos de ataques informáticos alegadamente lançados por hackers ligados a governos.
Na maioria dos casos as investigações, apesar de pouco concludentes, apontaram para a China como a principal origem destes ataques, alegações que têm vindo a ser rejeitadas sucessivamente por Pequim.

A privacidade segundo o Facebook

Num mundo cada vez mais ligado, as redes sociais são o destino preferido de muitos cibernautas, seja para estar em contacto com os amigos ou para partilharem o que lhes vai na alma.
E uma vez mais, o Facebook continuou a ser a rede social mais popular do mundo, com as actuais previsões a apontarem para os 800 milhões de membros registados no site.
Mas nem tudo são rosas na rede social criada por Mark Zuckerberg em 2004, sobretudo graças a questões relacionadas com privacidade.
Um dos responsáveis nesta defesa pela privacidade no site foi Max Schrems, um estudante austríaco que apresentou queixa ao organismo responsável pela Protecção de Dados na Irlanda, país onde se encontra a sede internacional da empresa, depois de ter pedido à rede social que lhe enviasse toda a informação que tinha publicado no Facebook.
Ao receber um CD com mais de 1200 pastas de informação, incluindo mensagens que tinham sido apagadas, o jovem resolveu pedir explicações à empresa e o resultado foi uma investigação das autoridades irlandesas que obrigou o Facebook a alterar as suas regras de privacidade.
Já antes a rede social tinha chegado a acordo com as autoridades dos EUA, onde se comprometeu a melhorar a privacidade dos utilizadores.
Polémicas à parte, 2011 foi ainda o ano em que o Facebook introduziu uma nova funcionalidade, chamada Timeline (Cronologia, na versão portuguesa), que veio alterar a imagem da rede social com o objectivo de facilitar a criação de uma linha cronológica onde o utilizador pode apresentar os episódios que considera ser os mais marcantes na sua vida.

As redes sociais e os movimentos populares

Um dos acontecimentos que mais tinta fez correr em 2011 foi a chamada Primavera Árabe, o movimento de massas populares que provocou a queda de várias ditaduras no Norte de África e Médio Oriente.
Aqui, tal como já tinha ocorrido no Irão em anos anteriores, serviços como o Twitter, YouTube ou o Facebook tiveram um papel importante para juntar os manifestantes e mostrar ao mundo o que se passava naqueles países.
Ao contrário do que aconteceu no Irão, onde os protestos acabaram por ser esmagados pelo regime, em países como o Egipto ou Tunísia o povo conseguiu sair às ruas para derrubar antigos líderes.
No pólo oposto, o Verão passado foi escaldante no Reino Unido, quando centenas de jovens tomaram de assalto as principais cidades britânicas provocando o caos em motins que duraram dias.
Também aqui foram vários os casos em que as redes sociais foram utilizadas pelos jovens para combinar acções de destruição, mas nem sempre o resultado foi o esperado, pois alguns acabaram por ser condenados a penas de prisão por terem publicado mensagens nas redes sociais onde incentivavam a participação em actos de violência.
Portugal não escapou à tendência e pela primeira vez uma grande manifestação, que reuniu em Lisboa cerca de 200 mil pessoas contra a precariedade, nasceu de um grupo criado no Facebook por jovens descontentes com as políticas do país.

Google: o regresso de Larry Page

Se o Facebook é a maior rede social do mundo, para muitos a Google é a tecnológica mais ubíqua de sempre, na medida em que são poucas as áreas onde a empresa não está presente: do sistema operativo móvel Android aos carros sem condutor, há de tudo um pouco no universo da Google.
No início de 2011 a Google teve quase um regresso às origens, quando Larry Page, um dos fundadores da empresa, voltou a ocupar o cargo de CEO, substituindo Eric Schmidt, actual chairman do motor de busca.
Com o regresso de Page, a Google resolveu apostar cada vez mais na área das redes sociais e depois de enterrar definitivamente projectos falhados, como o Google Buzz, as atenções centraram-se no Google+, o projecto com o qual a empresa quer destronar o Facebook e que conseguiu em meio ano cativar mais de 60 milhões de utilizadores.
No segmento móvel, a plataforma Android continuou a somar pontos e tornou-se o principal concorrente da Apple nesta área.
Segundo os dados mais recentes divulgados pela Google, todos os dias são activados cerca de 700 mil dispositivos Android em todo o mundo.
O ano de 2011 da Google fica também marcado pela compra da Motorola Mobility, num negócio que custará 12.5 mil milhões de dólares, e pelas várias investigações sobre alegados abusos de posição dominante na Europa e nos EUA.

Nokia e RIM: duas fabricantes em apuros

Durante anos a Nokia foi uma das principais fabricantes de telemóveis, mas a chegada do iPhone e a dificuldade em singrar no segmento dos smartphones começou a ditar o declínio da empresa finlandesa.
Com a chegada de Stephen Elop, o primeiro não finlandês a ocupar o posto de CEO na Nokia, vindo da Microsoft, a estratégia da fabricante mudou logo no arranque do ano, precisamente com uma parceria com a norte-americana.
Esta parceria, em torno do Windows Phone, surpreendeu vários analistas e chegou a ser vista como uma tábua de salvação para as duas empresas nesta área, mas os primeiros frutos a chegar ao mercado, os telemóveis Lumia, ainda não convenceram os utilizadores nos países onde foram lançados.
Para culminar um ano complicado, 2011 foi também o ano em que a Nokia foi ultrapassada pela Samsung nas vendas de telemóveis, algo que aconteceu pela primeira vez.
Outra fabricante que não tem grandes razões para se lembrar de 2011 é a Research In Motion (RIM), a criadora dos smartphones BlackBerry.
Se o lançamento do tablet PlayBook não correu como esperado, os problemas aumentaram em Outubro, quando os serviços mais populares do BlackBerry afectaram utilizadores em todo o mundo durante dias.
Uma gestão do incidente mal conseguida e as inúmeras queixas feitas pelos utilizadores, levaram muitos a equacionar deixar de utilizar os smartphones da marca, que durante muitos anos foram os preferidos no segmento empresarial.
Ainda neste final de ano a RIM anunciou que o lançamento da nova geração de BlackBerry estava atrasada e já há quem especule sobre o futuro da empresa, que recentemente terá estado na lista de possíveis compras da Amazon.

O ano das consolas portáteis

No campo dos videojogos as grandes apostas das principais fabricantes estiveram centradas nas consolas portáteis.
Primeiro foi a Nintendo a lançar a 3DS, o primeiro sistema de entretenimento portátil que permite jogar e aceder a conteúdos em 3D sem recurso aos óculos especiais, que arrancou com boas vendas iniciais, mas o elevado preço acabou por afastar alguns utilizadores.
Também em 2011 a Nintendo celebrou o 25º aniversário de uma das suas personagens mais icónicas – Zelda – e anunciou para 2012 o lançamento da próxima geração da Wii.
O outro grande lançamento do ano, quando se fala em consolas, foi a PlayStation Vita, da Sony, que por enquanto apenas se encontra disponível no Japão.
Com chegada à Europa marcada para 22 de Fevereiro, a nova portátil da Sony conseguiu ter um bom fim de semana de estreia, no que diz respeito a vendas, mas vários problemas registados pelos utilizadores levaram a empresa a disponibilizar a primeira actualização da consola.
Ainda no universo dos videojogos da Sony, 2011 foi um ano para esquecer, graças a um ataque informático aos servidores da PlayStation Network em Abril, que afectou milhões de utilizadores e obrigou a gigante nipónica a suspender durante semanas o acesso a este serviço on-line.
Já a Microsoft aproveitou o ano de 2011 para reforçar a aposta no Kinect, o sistema de controlo dos videojogos para a Xbox 360 que não necessita de comando, e para renovar o interface da Xbox Live.
A principal novidade desta actualização diz respeito à introdução do interface Metro, já presente no Windows Phone e que estará também no futuro Windows 8, que veio dar outra imagem ao serviço on-line da consola.


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