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Otelo: 'Uma opinião não pode ser considerada crime'

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Otelo: 'Uma opinião não pode ser considerada crime'


Otelo Saraiva de Carvalho reagiu hoje à abertura de um inquérito pelo Ministério Público às suas declarações sobre um eventual golpe militar sublinhando que emitir uma opinião «não pode ser considerado crime».

«Limitei-me a emitir uma opinião [sobre a manifestação de militares] e esta não pode ser crime nenhum», disse à Agência Lusa o «militar de Abril».

O Ministério Público abriu um inquérito relacionado com as declarações de Otelo Saraiva de Carvalho, que, numa recente entrevista à agência Lusa, falou na possibilidade de haver um golpe militar, caso fossem «ultrapassados os limites».

Fonte ligada ao processo disse à Lusa que a abertura de um inquérito, que corre no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, foi determinada após um grupo de cidadãos ter apresentado queixa sobre o que o 'Capitão de Abril' disse na entrevista.

Em declarações à agência Lusa, a propósito de uma manifestação de militares que estava marcada para dia 12 de Novembro, Otelo Saraiva de Carvalho afirmou ser contra essas manifestações, mas defendeu que, se fossem ultrapassados os limites, com perda de mais direitos, a resposta poderia ser um golpe militar, que a concretizar-se seria mais fácil do que em 1974.

Hoje, Otelo mostrou-se «tranquilo» com a situação e reiterou a opinião transmitida à Lusa em Novembro passado:

«Para mim, os militares, que são o último bastião do poder instituído, estão sempre em situação de reserva.

E vão aguentando a situação, mesmo que vejam que a actividade política dos governantes não seja a preferida do povo, até que sejam ultrapassados determinados limites, tal como aconteceu no 25 de Abril».

Otelo lembrou que nunca definiu que limites são esses, mas voltou à ideia inicial:

«Quando os militares - que são de facto e devem ser os defensores máximos e representar todo o povo em armas - consideram que os limites foram ultrapassados, aí a manifestação que devem fazer é executar uma operação militar e derrubar o governo vigente».

«Não disse que estavam criadas as condições para isso, nem incitei ninguém à revolta. Nada disso», afirmou.


Lusa/SOL
 
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