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Greve nos portos vai impedir atracagem de 80 a 100 navios

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Greve nos portos vai impedir atracagem de 80 a 100 navios


O director-executivo da Associação dos Agentes de Navegação, Belmar da Costa, disse hoje à Lusa que a greve dos trabalhadores portuários, que decorre até sexta-feira, vai impedir a atracagem de 80 a 100 navios nos portos portugueses.

O número é avançado com base nas médias efectuadas ao longo do ano e é provocado quer pelo desvio de rotas quer pelo atraso na entrega de mercadorias, explicou aquele responsável.

Segundo Belmar da Costa, «entre 500 e 600 trabalhadores não compareceram hoje nos portos, sendo que em Lisboa foram 380».

«Os armadores, ao saberem antecipadamente da greve, desviaram as rotas para portos de Espanha ou atrasaram as entregas de mercadoria uma semana», afirmou Belmar da Costa á Lusa no porto de Lisboa, referindo que a situação inclui ainda custos acrescidos pela necessidade de transportar para Portugal, por via terrestre, os produtos descarregados noutros portos.

Os prejuízos directos «começam pela administração portuária, que não recebe taxas dos navios, [mas inclui também] as alfândegas, que não cobram impostos e os serviços de estrangeiros e fronteiras, porque não vêm passageiros», adiantou o director-executivo da Associação dos Agentes de Navegação.

Além disso, acrescentou, vão somar-se prejuízos «inquantificáveis» decorrentes «de todas as outras operações indirectas».

«São prejuízos que se espalham pela economia», comentou, sublinhando que o pior prejuízo não é o imediato.

«O pior é que um porto que começa a ter greves perde navios e não consegue convencer os armadores a utilizar Portugal enquanto escala», disse.

Os trabalhadores de vários portos portugueses iniciaram à meia-noite uma greve de cinco dias, que causará prejuízos de «dezenas de milhões de euros», segundo os agentes de navegação.

O pré-aviso de greve foi apresentado pela Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários (Fesmarpor) e abrange os trabalhadores dos portos de Viana do Castelo, de Aveiro, da Figueira da Foz, de Lisboa, de Setúbal, de Sines e do Caniçal (Madeira).

A greve terminará às 8h de sábado, dia 14 de Janeiro.

Belmar da Costa frisou ainda que o Governo, através do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, tentou mediar negociações entre os sindicatos e os patrões entre sábado e domingo, mas não se conseguiu chegar a acordo.

O vice-presidente da Fesmarpor, Vítor Dias, disse à Lusa estar a decorrer esta manhã um plenário de trabalhadores em Alfama, Lisboa.

A Lusa tentou falar com a administração do Porto de Lisboa no local, mas não foi obteve resposta.

A greve está a contar com uma adesão total, segundo disse à Lusa o presidente da Fesmarpor, Alexandre Delgado, que acrescentou que o porto de Leixões é o único que não tem membros deste sindicato, pelo que continua a funcionar.

Alexandre Delgado afirmou ainda que os serviços mínimos serão acionados quando se verificar que existe essa necessidade, nomeadamente em casos de transporte de material perecível.


Lusa/SOL
 
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