• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Juros da dívida alemã a dois anos estão em mínimo recorde

Matapitosboss

GForum VIP
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
13,147
Gostos Recebidos
0
A "yield" implícita na dívida pública alemã a dois anos caiu para um mínimo recorde esta tarde, depois de o país ter emitido dívida com prazo de seis meses a uma taxa negativa.

As obrigações alemãs com maturidade a dois anos chegaram a trocar de mãos a um preço que lhes conferia uma taxa de juro de 0,135% e negoceiam, agora, a descer dois pontos base para uma taxa de 0,14% ao ano.

Esta tarde a Alemanha vendeu 3,9 mil milhões de euros em obrigações com maturidade de seis meses, numa operação em que os investidores acederam a pagar mais do que o nominal das obrigações combinado com o cupão.

A “yield” no leilão demonstra que os investidores estão “a dizer que precisam de aplicar o seu dinheiro num activo super seguro”, disse à Bloomberg o estratega do Crédit Agricole, Luca Jekkinek. A dívida de maturidade mais curta está a “afastar-se das emissões normais porque os investidores estão a aproveitar para parquear a sua liquidez, numa altura de incerteza”, acrescentou.

O resultado deste leilão não é uma surpresa completa porque os investidores já estão a transaccionar a dívida alemã com prazo de 12 meses a preços que lhes conferem um rendibilidade negativa.

Hoje, a taxa de juro da dívida a um ano sobe 2,4 pontos base para -0,37%, enquanto a yield das obrigações a cinco anos recuam 0,9 pontos base para 0,774%. Na dívida a 10 anos a “yield” recua na mesma proporção (0,9 pontos) para 1,845%.

A dívida pública alemã é vista pelos investidores como um activo de refúgio, o que quer dizer que estes compram “bunds” em períodos de incerteza para se salvaguardarem de eventuais perdas. Como a crise orçamental tem impulsionado a procura destes activos, os investidores já se encontram dispostos a incorrer numa pequena perda de capital para não estarem expostos a activos mais arriscados.


Fonte: Jornal de Negócios
 
Topo