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Advogado de George Wright contesta reclamação dos Estados Unidos

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Advogado de George Wright contesta reclamação dos Estados Unidos


A defesa de George Wright entrega hoje no Supremo Tribunal de Justiça as contra-alegações à reclamação dos EUA para o Pleno do STJ sobre a não apreciação de um recurso relacionado com o seu processo de extradição.

Recentemente, o STJ rejeitou liminarmente (nem sequer apreciou a matéria) um recurso apresentado pelas autoridades norte-americanas sobre a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa de não extraditar George Wright (naturalizado português com o nome Jorge Santos) para os Estados Unidos.

Fonte ligada ao processo disse então à Agência Lusa que os juizes conselheiros do STJ consideraram que a matéria em causa dizia respeito à cooperação judiciária entre países e que o representante do Estado português (o Ministério Público) concordou com a decisão tomada pelo Tribunal da Relação de Lisboa e não recorreu da mesma.

Os Estados Unidos, através do advogado Rui Patrício, recorreu para o STJ da decisão da Relação de Lisboa, de 17 de Novembro de 2010, de não extraditar George Wright.

O recurso apresentado por Rui Patrício rebatia os vários fundamentos da decisão de não extraditar George Wright/Jorge Santos, incluindo a questão da nacionalidade e da prescrição dos crimes.

Segundo a mesma fonte, o Ministério Público português ficou do lado da defesa de George Wright, defendendo a sua não extradição para os Estados Unidos.

Outras fontes contactadas pela Agência Lusa admitem que, mesmo que a decisão do Pleno do STJ venha a ser desfavorável aos Estados Unidos, este país não irá desistir da intenção de extraditar George Wright, podendo o caso chegar ao Tribunal Constitucional.

Detido a 26 de Setembro pela Polícia Judiciária (PJ) e procurado há 41 anos pelas autoridades norte-americanas, George Wright, de 68 anos, vive em Portugal com o nome de José Luís Jorge Santos.

Opôs-se à extradição para os EUA (de onde fugiu há 41 anos) em defesa apresentada junto da Relação de Lisboa, que acabou por ser decidida favoravelmente.

Wright foi condenado pelo homicídio, em 1962, de Walter Patterson, o proprietário de uma bomba de gasolina em Wall, Nova Jérsia.

O caso foi alvo de grande cobertura mediática nos Estados Unidos e levou, inclusivamente, um senador norte-americano a escrever uma carta ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a sensibilizar o chefe do Governo para a importância do caso, muito embora em Portugal os tribunais sejam órgãos de soberania que gozam de independência face ao poder político.


Lusa/SOL
 
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