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Irão: UE decreta embargo, aliados enviam navios de guerra
O cerco a Teerão apertou nas últimas horas, com a União Europeia a decretar um embargo gradual ao petróleo iraniano, entre outras sanções, e com Estados Unidos, Reino Unido e França a enviarem vasos de guerra para o Estreito de Ormuz.
De acordo com fontes diplomáticas citadas pela imprensa internacional, os europeus chegaram esta manhã a acordo sobre um embargo petrolífero gradual contra o Irão.
Estão suspensas as negociações de novos contratos com a indústria petrolífera iraniana e os acordos em vigor deverão ser anulados até Julho. Aguarda-se ainda o anúncio de novas sanções financeiras.
A medida poderá lesar financeiramente a Grécia, Itália e Espanha, mais dependentes do crude iraniano, mas afecta sobretudo o Irão, que perde uma das suas principais fontes de receita e que poderá em breve ver outras nações e blocos decretarem também um embargo. Teerão vende 20% do seu petróleo à UE.
O seu maior cliente é a Ásia, onde cresce a pressão da diplomacia norte-americana para um embargo por parte do Japão e da Coreia do Sul, que já começaram a reduzir as importações iranianas, tal como a Índia.
O elo mais fraco da estratégia ocidental está na China, que não só continua a comprar crude iraniano como poderá aumentar as importações, cobrindo as perdas provocadas por europeus e aliados.
As atenções voltam-se entretanto para o Estreito de Ormuz, porta de entrada do Golfo Pérsico e ponto de passagem de um terço do crude mundial.
O Irão ameaçou encerrar esta via marítima em resposta a um eventual embargo. França, Estados Unidos e Reino Unido enviaram navios de guerra para a zona.
Os exportadores árabes têm contudo alternativas a Ormuz, através da rede regional de oleodutos e dos portos turcos.
No entanto, e a curto prazo, um eventual bloqueio iraniano poderá atirar o preço do crude para a casa dos 200 dólares por barril.
Recorde-se que as medidas discutidas esta segunda-feira pelos europeus visam punir o Irão pelo desenvolvimento de um programa nuclear que se suspeita ter fins militares.
SOL
O cerco a Teerão apertou nas últimas horas, com a União Europeia a decretar um embargo gradual ao petróleo iraniano, entre outras sanções, e com Estados Unidos, Reino Unido e França a enviarem vasos de guerra para o Estreito de Ormuz.
De acordo com fontes diplomáticas citadas pela imprensa internacional, os europeus chegaram esta manhã a acordo sobre um embargo petrolífero gradual contra o Irão.
Estão suspensas as negociações de novos contratos com a indústria petrolífera iraniana e os acordos em vigor deverão ser anulados até Julho. Aguarda-se ainda o anúncio de novas sanções financeiras.
A medida poderá lesar financeiramente a Grécia, Itália e Espanha, mais dependentes do crude iraniano, mas afecta sobretudo o Irão, que perde uma das suas principais fontes de receita e que poderá em breve ver outras nações e blocos decretarem também um embargo. Teerão vende 20% do seu petróleo à UE.
O seu maior cliente é a Ásia, onde cresce a pressão da diplomacia norte-americana para um embargo por parte do Japão e da Coreia do Sul, que já começaram a reduzir as importações iranianas, tal como a Índia.
O elo mais fraco da estratégia ocidental está na China, que não só continua a comprar crude iraniano como poderá aumentar as importações, cobrindo as perdas provocadas por europeus e aliados.
As atenções voltam-se entretanto para o Estreito de Ormuz, porta de entrada do Golfo Pérsico e ponto de passagem de um terço do crude mundial.
O Irão ameaçou encerrar esta via marítima em resposta a um eventual embargo. França, Estados Unidos e Reino Unido enviaram navios de guerra para a zona.
Os exportadores árabes têm contudo alternativas a Ormuz, através da rede regional de oleodutos e dos portos turcos.
No entanto, e a curto prazo, um eventual bloqueio iraniano poderá atirar o preço do crude para a casa dos 200 dólares por barril.
Recorde-se que as medidas discutidas esta segunda-feira pelos europeus visam punir o Irão pelo desenvolvimento de um programa nuclear que se suspeita ter fins militares.
SOL