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Bombeiros de Viana ameaçam entregar telemóveis de serviço

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Bombeiros de Viana ameaçam entregar telemóveis de serviço


Os elementos do corpo de Bombeiros Municipais de Viana do Castelo ameaçaram ontem, em plena reunião quinzenal do Executivo da Câmara, entregar os telemóveis de serviço, para que não sejam usados como arma de arremesso.

«Se é para termos um telemóvel que só serve para nos dar castigos, o próximo passo será entregá-los ao senhor presidente da Câmara, porque não os queremos para nada», denunciou hoje Miguel Gramacho, um dos cerca de trinta bombeiros municipais que marcaram presença na reunião quinzenal do Executivo.

Em causa está a exigência dos elementos daquele corpo profissional sobre a «clarificação» dos critérios de tempos de prontidão para chegarem ao quartel, quando accionados pelo Comando em gozo de folga.

Apontam o caso de um bombeiro da corporação que foi castigado «por ter chegado 32 minutos atrasado», depois de ter sido convocado pelo Comando.

«Também porque por duas ou três vezes tinha o telemóvel desligado. Mas ninguém apurou se morava ou estava numa zona sem cobertura e o certo é que o castigo de um mês foi aplicado», criticou ainda.

Estes equipamentos de serviço foram adquiridos pelo município, que tutela aquela corporação, há cerca de dez anos e distribuídos a todos os elementos do corpo ativo, constituído por cerca de 80 elementos.

«Que sejam definidos os critérios de tempo que temos para chegar ao quartel ou se estamos numa zona sem cobertura de rede se concluem que o telemóvel estava desligado e o bombeiro de ma fé.

É preciso que a Câmara esclareça isso», apontou ainda o porta-voz dos bombeiros, profissional há 25 anos.

Numa acção inédita, os profissionais da corporação aproveitaram o período destinado ao público para denunciarem, em plena reunião quinzenal do Executivo, ainda o facto dos 16 elementos de um dos turnos que esteve de serviço na greve geral de 24 de Novembro, para assegurar os serviços mínimos, ter ficado sem o respectivo pagamento.

O autarca José Maria Costa reconheceu o corte no pagamento do dia de trabalho porque, «conforme diz a Lei», estes profissionais assinaram uma folha de serviço dando conta que asseguravam apenas casos de emergência.

«E nesses casos não podemos pagar o dia de trabalho. É uma questão de lei», acrescentou.

O presidente da autarquia disse ainda que as dificuldades em torno dos tempos de disponibilidade serão ultrapassadas em breve, com a integração no corpo dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo de mais 15 recrutas, já em formação.

Nos últimos meses têm-se avolumado as criticas dos bombeiros daquela corporação.

«É um clima de verdadeiro terror que vivemos, em que não temos, nem sabemos, quem nos defende», explicou Miguel Gramacho, bombeiro de primeira.

Em causa está o «clima de mal-estar» vivido no quartel dos Municipais, desde a criação da figura de Chefe de Divisão da Área da Protecção Civil do Município de Viana do Castelo.

«É um cargo criado pela Câmara no anterior executivo, mas que se sobrepõe ao comandante da corporação.

Além disso, é ilegal porque o que diz a lei é que acima do comandante só está o presidente da Câmara, enquanto que aqui temos um elemento no meio», sublinhou ainda.

E acrescentam: «São dois galos para o mesmo poleiro».


Lusa/SOL
 
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