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China é o país onde se produz e consome mais pastéis de nata

Fonsec@

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Já compraram a EDP, querem a REN e a banca, mas no negócio dos pastéis de nata os chineses já lideram. O típico doce português nunca esteve tanto nas bocas do Mundo, depois de, na semana passada, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, ter lançado a pergunta: «Por que não conseguimos exportar o pastel de nata?». Pedro Passos Coelho subscreveu ao apelo à internacionalização da iguaria. «Não sou um especialista, sou um consumidor que aprecia muito os pastéis de nata. E julgo que é melhor não glosar mais este tema, para não parecermos aqui uns gulosos pela doçaria portuguesa, que é boa», afirmou o primeiro-ministro.
Contudo, é no outro lado do Mundo que mais se produzem e consomem os pastéis de nata. Por cá, o famoso estabelecimento em Lisboa, os Pastéis de Belém, vende cerca de 20 mil unidades por dia. Em Hong Kong, há pastelarias que vendem o dobro.
O apetite dos chineses pelos pastéis de nata existe há décadas, sendo este o produto português mais conhecido no Oriente – onde entrou via Macau, com o nome de egg tart (tarte de ovo). O lançamento asiático dos bolos ficou a dever-se ao inglês Andrew Stow, que os provou pela primeira vez em 1988 na confeitaria mais conhecida de Portugal – Pastéis de Belém. Passado um ano, decidiu abrir a pastelaria Lord Stow’s, na vila de Coloane, Macau.
O sucesso foi imediato. O pastel de nata ‘à Stow’, servido sem canela, como os asiáticos preferem, conquistou a Ásia e foi reinventado um pouco por toda a região. Através de Margaret, ex-mulher de Andrew, chegou mesmo aos balcões da cadeia norte-americana Kentucky Fried Chicken (KFC), a maior na China. Aliás, este é o único país onde o gigante da fast food integra o pastel de nata no menu. Só em 2010, a KFC vendeu 300 milhões de egg tarts, encaixando 232 milhões de euros.
Em resposta ao repto do ministro Álvaro, o responsável da Confraria do Pastel de Nata diz: «Há décadas que se exportam pastéis de nata. E como Vancouver, no Canadá – onde o ministro da Economia viveu largos anos –, foi dos primeiros destinos deste produto, está visto que o Governo não fez os estudos de mercado suficientes», ironiza Vicente Themudo Castro. Talvez por isso, e devido à falta de apoio às pequenas empresas, dois dos maiores exportadores de pastéis de nata em Portugal são espanhóis – a Frida Alimentar e a Europastry, segundo Vicente Themudo Castro.
Pastéis de Belém fora da rota da internacionalização
Miguel Clarinha, um dos gerentes da confeitaria Pastéis de Belém – que facturou cerca de oito milhões de euros no ano passado, não conta internacionalizar o doce. «Já pensámos nisso, quer exportar quer abrir lojas lá fora. Mas, de momento, não faz parte dos nossos planos». Segundo Clarinha, 30% dos clientes da confeitaria são turistas, «oriundos um pouco de toda a parte, mas a maioria vem de Espanha».

Pelo contrário, a Pluriarte já tentou exportar pastéis de nata de chocolate para a China e Angola, mas não encontrou «o parceiro certo», explica Maria Felicidade Rebordão, responsável da empresa.
Segundo dados da ACIP – Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares, este sector possui cerca de 9.000 empresas de panificação e pastelaria e 2.500 empresas similares.
Quanto aos principais destinos de exportação, o Brasil, os PALOP, a Europa e os EUA encabeçam a lista. Contudo, por «não haver uma grande associação – por falta de apoios, incluindo do Estado –, não há números relativos a vendas ou exportações globais», diz Carlos Alberto dos Santos, presidente da ACIP. Pelos mesmos motivos «ainda não foi possível franchisar os pastéis, o que é uma oportunidade de negócio que Portugal perde». «O que é certo é que nem o Estado nem nenhum privado pegou no pastel de nata e o registou em todo o Mundo. Agora estão outros, como os chineses, a tirar dividendos», lamenta.

SOL
 

Fonsec@

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Afinal o Álvaro tinha razão a saída da crise esta nos pasteis de nata.:Hee:
 

jchaves

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Já nos piratearam os pasteis:shy_4_02:
lei SOPA para cima deles:Hee:
 
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