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ERC quer ouvir 'todos os intervenientes' no caso de alegada 'censura' a Pedro Rosa

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ERC quer ouvir 'todos os intervenientes' no caso de alegada 'censura' a Pedro Rosa Mendes

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social «está a acompanhar» o caso do encerramento do programa da Antena 1, «Este Tempo», por alegada «censura» ao jornalista Pedro Rosa Mendes e «encetará diligências para ouvir os intervenientes no caso».

«A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) está a acompanhar a situação e encetará diligências para ouvir directamente todos os intervenientes no caso», indicou à Lusa fonte oficial do regulador.

A polémica opõe o jornalista Pedro Rosa Mendes e a administração da RTP, a quem o jornalista lança a suspeita do exercício da «mais pura censura» por ter decidido acabar o programa na Antena 1, «Este Tempo», que estava no ar há dois anos, em reacção a uma crónica em que Rosa Mendes lançou fortes críticas ao programa da RTP 1 «Reencontro», emitido no dia 16 de Janeiro a partir de Luanda, e que contou com a presença, entre outros, do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e do chefe da Casa Civil da presidência angolana, Carlos Maria Feijó.

«Sei - porque internamente há colegas nossos que não gostaram da mais pura censura que motivou o encerramento do espaço 'Este Tempo' – que interna, oficiosa e verbalmente a razão dada para acabar com o espaço foi a última crónica do Pedro Rosa Mendes», afirmou à Lusa o próprio.

«Entre os gestores do serviço público de comunicação social está gente que não consegue admitir às claras as decisões que toma às escuras», acusou o jornalista, sem identificar o alvo das acusações.

Luís Marinho, director-geral de conteúdos da RTP, rejeitou, em declarações à Lusa, as acusações do jornalista, reafirmando que a decisão de acabar com o programa foi tomada «há várias semanas». «São coisas da vida da rádio, uns programas acabam e outros começam», acrescentou.

Em resposta à acusação de censura, hoje avançada pelo jornal Público na sua página na internet, Marinho esclareceu através de um email enviado às redacções que «foi decidido terminar com a série [Este Tempo] e não apenas com o programa da autoria do Pedro Rosa Mendes».

O gestor acrescentou, por outro lado, que a administração da RTP «nunca» o «abordou sobre este assunto, muito menos manifestando qualquer desagrado pela crónica referida».

«A decisão de terminar com a série já estava tomada há algum tempo, antes do referido programa ter sido emitido. Os contratos dos colaboradores terminam dia 31 de Janeiro» explicou ainda Luís Marinho.

A administração da RTP, também através de email, defendeu que «tem provas dadas, ao longo dos últimos anos, de não interferência na área editorial» e, «neste caso em concreto, a administração nem sequer tinha conhecimento do fim do contrato com o colunista Pedro Rosa Mendes».

Pedro Rosa Mendes, em declarações à Lusa, colocou em causa as explicações de Luís Marinho, considerando-as «absolutamente contraditórias» com «vários contactos editoriais e administrativos por parte da Antena 1».

Na crónica lida por Pedro Rosa Mendes na passada quarta-feira aos microfones da Antena 1, o jornalista diz que no programa da RTP gravado em Luanda «desfilaram, durante duas horas, responsáveis políticos, empresários, comentadores de Portugal e de Angola, entre alguns palhaços ricos e figuras grotescas do folclore local».

«O serviço público de televisão tem estômago para muito, alguns dirão que tem estômago para tudo, mas o reencontro a que assistimos desta vez foi um dos mais nauseantes e grosseiros exercícios de propaganda e mistificação a que alguma vez assisti», continua a crónica.


Lusa / SOL
 
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