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Defesa de Godinho desvaloriza depoimento de inspectores da PJ

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Defesa de Godinho desvaloriza depoimento de inspectores da PJ


O advogado Artur Marques, que defende o sucateiro Manuel Godinho no processo 'Face Oculta', desvalorizou hoje o depoimento dos inspectores da Polícia Judiciária (PJ) que, até agora, foram ouvidos no tribunal de Aveiro, considerando que o julgamento ainda nem começou.

«Eu não estou a prestar nenhuma espécie de atenção ao que dizem os senhores inspectores neste processo», disse à Agência Lusa o advogado à saída da sala de audiências, após o fim da sessão da manhã.

O causídico considera que o julgamento, verdadeiramente, ainda nem começou.

«Nós estamos ainda na fase dos comentadores. Temos aqui umas pessoas a comentar um jogo que há-de vir a ser. O jogo ainda não começou», afirmou Artur Marques.

O advogado entende ainda que, até agora, não houve qualquer produção de prova.

«Na minha leitura, isto não é prova nenhuma e, portanto, não estou a ligar nada ao que essas pessoas dizem», concluiu.

A 15.ª sessão do julgamento, que está a decorrer no tribunal de Aveiro, começou com o início da inquirição ao inspector da PJ António Veiga, a segunda testemunha a ser chamada pela acusação, que teve a seu cargo as diligências realizadas na CP e Refer, entre outras.

Durante a sessão foram ouvidas diversas escutas de conversas telefónicas entre Manuel Godinho e funcionários da Refer que indiciam a subtracção e adulteração de material àquela empresa, com prejuízo para benefício para o sucateiro.

O inspector explicou que era «prática habitual» as empresas de Manuel Godinho apresentarem preços superiores aos restantes concorrentes, nos concursos lançados pela Refer.

«Há um fosso grande entre aquilo que Manuel Godinho propõe e o segundo classificado», adiantou o investigador, acrescentando que isto «era compensado» nos levantamentos de recolha de resíduos, havendo parte do material levantado que "não era contabilizado».

O inspector referiu-se ainda a uma balança pesa-eixos adquirida pela Refer e que terá sido utilizada para adulterar os pesos dos resíduos recolhidos, devido ao deficiente manuseamento do equipamento, criando, com isso, um prejuízo àquela empresa.

Segundo António Veiga, no decurso da investigação foi detectada uma «discrepância grande» entre os pesos reais dos materiais levantados, onde foi utilizada a balança, e os que se encontram registados na Refer e que serviram de base ao pagamento.

«Verificámos que algo estaria a ser incorrectamente feito no ato de pesagem», explicou o investigador, referindo que era fácil adulterar a listagem de pesagens, com uma colocação deficiente das rodas [dos camiões] em cima dos eixos.

A sessão foi interrompida para almoço cerca das 12h30 e continuará ao início da tarde.



Lusa/SOL
 
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