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Fiquei grávida com o DIU, é perigoso?

maioritelia

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Em cada 100 mulheres que utilizam o DIU, aproximadamente de 1 a 3 engravidam durante o primeiro ano de uso.


O dispositivo intra-uterino (DIU) é um dos métodos universalmente mais aceite e eficaz para o planeamento familiar. Consiste basicamente num pequeno instrumento flexível de plástico e cobre, e uma das suas maiores vantagens é que logo após a sua colocação dentro da cavidade uterina, permanece ali durante um período prolongado de tempo: entre os dois e os cinco anos, segundo as diferentes marcas e desenhos.

O DIU é um método altamente eficaz (99%) cujas complicações são muito pouco habituais; a sua função principal consiste em impedir o encontro do óvulo com o espermatozóide, provavelmente evitando que este se mova através do aparelho reprodutor feminino, o que reduz a possibilidade de que se leve a cabo uma fertilização.

Nem tudo são vantagens

Se bem que o DIU ou aparelho seja um dos métodos anticonceptivos mais utilizados pelas mulheres que já tiveram um bebé, habitualmente não deve recomendar-se para aquelas que ainda não tenham tido filhos. Isso deve-se a que o seu uso aumenta o risco de doença inflamatória da pélvis, uma infecção que, pela sua importância, geralmente requer a extracção do dispositivo, a administração de antibióticos e algumas vezes, o internamento.

Não obstante, esta complicação pode ser mais frequente nas mulheres que tenham mais de um companheiro sexual, ou também pode acompanhar de maneira aguda ou crónica algumas doenças de transmissão sexual. Outra das consequências não desejadas é a maior incidência de gravidezes tubárias ou ectópicas, ou seja, que se alojam na trompa em vez de se alojarem no útero.

Com efeito, o risco desta complicação é de 1 em cada 125 gravidezes procuradas, mas aumenta para 1 em cada 30 em mulheres que ficam grávidas com o DIU. Além disso, e ainda que se trate de um método muito eficaz, não é infalível. No entanto, devido possivelmente à importante segurança que oferece quanto à prevenção da gravidez, é muito escassa a informação disponível acerca de qual é a decisão médica mais adequada em caso de fracasso.

Que fazer

Em muitos casos, o DIU retira-se e a gravidez desenvolve-se normalmente. Mas, se não é possível extraí-lo, haverá que vigiar a mamã ao longo de toda a gravidez, para evitar que surjam complicações. Na ecografia vemos a proximidade do DIU e do saco gestacional e avaliamos o risco. Quando o dispositivo se mantém dentro do útero, a frequência de infecção dentro da cavidade ovular é mais elevada, o que aumenta a possibilidade de que se produza a ruptura prematura das membranas, e consequentemente, o nascimento prematuro no segundo ou terceiro trimestre. Assim, falou-se de uma maior incidência de abortos espontâneos durante o primeiro trimestre.

A extracção, pelo contrário, poderia ocasionar a interrupção da gestação por causa da ruptura da cavidade ovular ou do desprendimento do corion. No entanto, como estas situações são extremamente raras, o ideal seria retirar o DIU, ainda que isto só seja possível quando os fios estão visíveis à saída do colo do útero. Retirá-lo por histeroscopia é possível, mas existe o risco de aborto. Conclusão: se é fácil é melhor retirar se é difícil deixa-se ficar.

Como se realiza a extracção do DIU

O primeiro passo consiste em informar a grávida sobre os hipotéticos riscos (aborto espontâneo). Depois, terá de se assegurar que os fios do DIU estão visíveis, já que de outra forma não poderá extrair-se facilmente. Assim, é muito importante controlar, através de exames ecográficos, a localização intra-uterina da gravidez ou a sua localização ectópica.

Geralmente, o procedimento é bastante simples, dado que habitualmente o dispositivo pode localizar-se à saída do colo do útero. A sugestão é consultar o seu médico, que analisará pontualmente o caso, de acordo com o resultado da ecografia e a possibilidade técnica de realizar a extracção. Portanto, uma vez mais, a última palavra será a do seu obstetra.


sp.
 
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