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Chávez volta a ameaçar nacionalizar a banca privada

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Chávez volta a ameaçar nacionalizar a banca privada


O presidente venezuelano, Hugo Chávez, voltou a ameaçar nacionalizar a banca privada que se nega a financiar os projectos agrícolas que o seu governo promove, insistindo que os principais bancos falharam no cumprimento da legislação sobre a matéria.

«Ou financiam a produção agrícola ou tomaremos medidas, mas já. Não têm alternativa. Não tenho problema em nacionalizar os (bancos) privados que não quiserem cumprir a Constituição. Temos que fazer cumprir a Constituição e as leis desta República», disse.

Hugo Chávez referia-se aos três principais bancos privados do país - Banesco, Mercantil e Provincial (BBVA).

A advertência teve lugar, domingo, durante o programa dominical ‘Aló Presidente’, depois de o Chefe de Estado ser informado, pelo vice-presidente da República, Elías Jahua, de que os 36.000 milhões de bolívares fortes (6.490 milhões de euros) que a banca deveria ter destinado a empréstimos para as actividades agrícolas e produção de gado, foram outorgados a grandes produtores em detrimento dos mais pequenos.

«Chame os presidentes dos bancos Provincial, Banesco e Mercantil, à vice-presidência da República e fale com eles, mas que não nos digam mentiras, porque procuram as mil e uma desculpas», disse Hugo Chávez ao vice-presidente.

Por outro lado instou a Juan Carlos Escotet, presidente de Banesco, a nacionalizar o banco de um vez, caso não consiga cumprir com a legislação vigente em matéria de empréstimos agrícolas.

«Queremos trabalhar em coordenação com a banca privada. Eles têm de nos passar o dinheiro e somos nós que vamos distribuí-lo, em função das necessidades da Missão Agro (programa de apoio)», frisou.

Hugo Chávez instou também as autoridades do Estado de Barinas (sudoeste de Caracas) a expropriar terrenos «que possam servir para o povo».

«Exerçamos o poder. Há que expropriar já. A burguesia barinesa apropriou-se dos melhores terrenos de Barinas. Não permitamos isso, reúnam-se de emergência. É uma ordem revolucionária que lhes estou a dar, há que por esses espaços que valem ouro puro ao serviço das necessidades do povo», disse.

Explicou que enquanto a cidade de Barinas (capital do Estado de Barinas) está rodeada de bairros de lata, «no coração da cidade a burguesia nacional ou transnacional tem ainda muitos terrenos e nas imediações milhares de famílias vivem em ‘ranchos’ (casas de lata)».

Em várias ocasiões, Hugo Chávez tem ameaçado expropriar a banca privada, exigindo cooperação com os seus programas governamentais.

Nos últimos anos vários bancos foram nacionalizados no país, o último dos quais o Banco de Venezuela, ex-propriedade do grupo espanhol Santander.


Lusa/SOL
 
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