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MP investiga funcionário de hospital por desvio de dinheiros públicos
Um funcionário do Hospital de Angra do Heroísmo, nos Açores, é suspeito de desviar dinheiros públicos e de falsificar assinaturas de médicos, um caso que está a ser investigado pela Inspecção Regional de Saúde e pelo Ministério Público.
Em causa está a suspeita de que um funcionário do serviço de reembolsos do Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo embolsaria dinheiro relativo a deslocações de doentes a hospitais no continente, disse fonte ligada ao processo.
Alegadamente, o funcionário conseguiria isso alterando na credencial de deslocação a data de regresso e falsificando a assinatura do médico assistente.
Desse modo, o dinheiro do reembolso seria sempre superior ao devido pelo número de dias em que efectivamente o doente esteve deslocado, acrescentou a mesma fonte.
Numa comunicação enviada ao Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC), a que a Lusa teve acesso, o inspector regional de saúde pede a confirmação da existência de consultas naquele hospital a doentes enviados pelo hospital açoriano Santo Espírito, nos dias indicados em várias credenciais.
«Na sequência de processo disciplinar instaurado a funcionário do Serviço de Reembolsos do Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, por existirem fortes indícios de desvio de dinheiros públicos, solicitou-se a confirmação da (in)existência das consultas suspeitas», lê-se na comunicação.
Em anexo, o inspector regional de saúde juntou várias credenciais de deslocação de doentes, nas quais constam as datas das consultas e respectivo «período de duração da estadia», bem como as assinaturas dos médicos assistentes, trabalhadores no CHLC, «confirmando» essas consultas.
Por isso, o inspector solicita também ao centro hospitalar a confirmação das assinaturas dos médicos.
Fonte ligada ao processo disse haver já a confirmação por parte de médicos de que as suas assinaturas foram falsificadas.
Contactado pela Lusa, o CHLC confirmou que «recebeu um pedido da Inspecção Regional de Saúde dos Açores, solicitando elementos sobre deslocações de doentes», mas não adiantou mais pormenores.
Na comunicação ao CHLC, a Inspeção Regional de Saúde «informa que o Ministério Público já foi avisado da existência de eventual crime de peculato e falsificação de assinatura» e solicita resposta daquele centro hospitalar até dia 20 de Fevereiro.
Fonte da Procuradoria-geral da República confirmou também que está em investigação um inquérito nos serviços do Ministério Público de Angra do Heroísmo.
A Lusa falou com a administração do Hospital de Santo Espírito, que se limitou a afirmar que «o processo está a correr nas instâncias devidas», escusando-se a pronunciar-se mais sobre a matéria, nomeadamente sobre se o funcionário em causa continua em funções.
A Lusa tentou ainda contactar a Inspecção Regional de Saúde, o que não foi possível em tempo útil.
Lusa/SOL
Um funcionário do Hospital de Angra do Heroísmo, nos Açores, é suspeito de desviar dinheiros públicos e de falsificar assinaturas de médicos, um caso que está a ser investigado pela Inspecção Regional de Saúde e pelo Ministério Público.
Em causa está a suspeita de que um funcionário do serviço de reembolsos do Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo embolsaria dinheiro relativo a deslocações de doentes a hospitais no continente, disse fonte ligada ao processo.
Alegadamente, o funcionário conseguiria isso alterando na credencial de deslocação a data de regresso e falsificando a assinatura do médico assistente.
Desse modo, o dinheiro do reembolso seria sempre superior ao devido pelo número de dias em que efectivamente o doente esteve deslocado, acrescentou a mesma fonte.
Numa comunicação enviada ao Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC), a que a Lusa teve acesso, o inspector regional de saúde pede a confirmação da existência de consultas naquele hospital a doentes enviados pelo hospital açoriano Santo Espírito, nos dias indicados em várias credenciais.
«Na sequência de processo disciplinar instaurado a funcionário do Serviço de Reembolsos do Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, por existirem fortes indícios de desvio de dinheiros públicos, solicitou-se a confirmação da (in)existência das consultas suspeitas», lê-se na comunicação.
Em anexo, o inspector regional de saúde juntou várias credenciais de deslocação de doentes, nas quais constam as datas das consultas e respectivo «período de duração da estadia», bem como as assinaturas dos médicos assistentes, trabalhadores no CHLC, «confirmando» essas consultas.
Por isso, o inspector solicita também ao centro hospitalar a confirmação das assinaturas dos médicos.
Fonte ligada ao processo disse haver já a confirmação por parte de médicos de que as suas assinaturas foram falsificadas.
Contactado pela Lusa, o CHLC confirmou que «recebeu um pedido da Inspecção Regional de Saúde dos Açores, solicitando elementos sobre deslocações de doentes», mas não adiantou mais pormenores.
Na comunicação ao CHLC, a Inspeção Regional de Saúde «informa que o Ministério Público já foi avisado da existência de eventual crime de peculato e falsificação de assinatura» e solicita resposta daquele centro hospitalar até dia 20 de Fevereiro.
Fonte da Procuradoria-geral da República confirmou também que está em investigação um inquérito nos serviços do Ministério Público de Angra do Heroísmo.
A Lusa falou com a administração do Hospital de Santo Espírito, que se limitou a afirmar que «o processo está a correr nas instâncias devidas», escusando-se a pronunciar-se mais sobre a matéria, nomeadamente sobre se o funcionário em causa continua em funções.
A Lusa tentou ainda contactar a Inspecção Regional de Saúde, o que não foi possível em tempo útil.
Lusa/SOL