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TDT traz ganhos de 2,3 milhões de euros às eléctricas
Além do custo com o descodificador para fazer a migração para a televisão digital terrestre (TDT), os portugueses que não optarem pela compra de um televisor com receptor incorporado ou pela subscrição de um serviço de televisão pago vão ainda ser confrontados com gastos-extra na energia eléctrica consumida pelas boxes.
O valor é baixo – cerca de 1,76 euros/ano por descodificador, segundo contas do SOL –, mas permite às empresas distribuidoras de electricidade encaixarem mais de 2,3 milhões de euros em receitas, anualmente.
O consumo energético dos receptores de TDT disponíveis no mercado, desde Agosto do ano passado – os mais recentes dos mais de 70 analisados pela DECO – é, em média, de 0,56 Wh em modo standby, quando a televisão está desligada, e de 4,82 Wh quando a mesma está ligada.
Utilizando ainda o consumo médio de cinco horas de televisão diárias – dados de um inquérito da DECO, de Maio de 2011 –, conclui-se que um aparelho descodificador gasta cerca de 34,7 Wh por dia, 1,0558 kWh por mês ou 12,669 kWh por ano. Aplicando o preço de referência de 13,93 cêntimos por kWh (valor sem IVA), chegamos a um custo anual de 1,76 euros em consumo de energia eléctrica.
Quanto ao total de descodificadores existentes ou necessários após o apagão geral de 26 de Abril, é difícil fazer uma estimativa, uma vez que quem tem, ou tinha, sinal analógico, pode optar por comprar uma nova televisão ou assinar um serviço pago com mais canais. Por outro lado, um agregado familiar pode ter mais do que uma televisão, necessitando de mais do que um descodificador.
Ao SOL, fonte oficial do regulador das telecomunicações, Anacom, referiu uma estimativa de que «1,3 milhões de famílias» tenham de migrar para a TDT para continuarem a ver televisão e foi esse o número utilizado para calcular o gasto de energia eléctrica em Portugal com a utilização dos descodificadores. Os 13,9 cêntimos por mês, ou 1,76 euros por ano, em electricidade gasta por família transformam-se em mais de 2,3 milhões de euros de receita para o mercado de energia, 191 mil euros por mês. Mas os números podem até ser bastante superiores.
Casas de férias aumentam factura
A DECO lembra que, além dos 1,3 milhões de famílias 'oficiais' com serviço analógico, existem muitos «alojamentos de uso sazonal e residências secundárias que este valor não considera» e onde «haverá uma previsível menor adesão a serviços pagos de televisão». «Consideramos não ser despropositado considerar um número de dois milhões de acessos afectados por esta migração», conclui a DECO.
SOL
Além do custo com o descodificador para fazer a migração para a televisão digital terrestre (TDT), os portugueses que não optarem pela compra de um televisor com receptor incorporado ou pela subscrição de um serviço de televisão pago vão ainda ser confrontados com gastos-extra na energia eléctrica consumida pelas boxes.
O valor é baixo – cerca de 1,76 euros/ano por descodificador, segundo contas do SOL –, mas permite às empresas distribuidoras de electricidade encaixarem mais de 2,3 milhões de euros em receitas, anualmente.
O consumo energético dos receptores de TDT disponíveis no mercado, desde Agosto do ano passado – os mais recentes dos mais de 70 analisados pela DECO – é, em média, de 0,56 Wh em modo standby, quando a televisão está desligada, e de 4,82 Wh quando a mesma está ligada.
Utilizando ainda o consumo médio de cinco horas de televisão diárias – dados de um inquérito da DECO, de Maio de 2011 –, conclui-se que um aparelho descodificador gasta cerca de 34,7 Wh por dia, 1,0558 kWh por mês ou 12,669 kWh por ano. Aplicando o preço de referência de 13,93 cêntimos por kWh (valor sem IVA), chegamos a um custo anual de 1,76 euros em consumo de energia eléctrica.
Quanto ao total de descodificadores existentes ou necessários após o apagão geral de 26 de Abril, é difícil fazer uma estimativa, uma vez que quem tem, ou tinha, sinal analógico, pode optar por comprar uma nova televisão ou assinar um serviço pago com mais canais. Por outro lado, um agregado familiar pode ter mais do que uma televisão, necessitando de mais do que um descodificador.
Ao SOL, fonte oficial do regulador das telecomunicações, Anacom, referiu uma estimativa de que «1,3 milhões de famílias» tenham de migrar para a TDT para continuarem a ver televisão e foi esse o número utilizado para calcular o gasto de energia eléctrica em Portugal com a utilização dos descodificadores. Os 13,9 cêntimos por mês, ou 1,76 euros por ano, em electricidade gasta por família transformam-se em mais de 2,3 milhões de euros de receita para o mercado de energia, 191 mil euros por mês. Mas os números podem até ser bastante superiores.
Casas de férias aumentam factura
A DECO lembra que, além dos 1,3 milhões de famílias 'oficiais' com serviço analógico, existem muitos «alojamentos de uso sazonal e residências secundárias que este valor não considera» e onde «haverá uma previsível menor adesão a serviços pagos de televisão». «Consideramos não ser despropositado considerar um número de dois milhões de acessos afectados por esta migração», conclui a DECO.
SOL