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FENPROF exige medidas contra agressões a professores
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) exigiu hoje que sejam penalizados os agressores de docentes, como autores de crime público, lamentando que estes casos caiam no esquecimento, depois de noticiados.
«Estas situações não são o dia-a-dia nas escolas, mas acontecem e o que os sucessivos governos fazem é declarações muito solidárias com os professores, anunciam que vão fazer medidas para os proteger, quando os casos aparecem nas primeiras páginas dos jornais, mas depois a coisa passa e não fazem nada», disse hoje à agência Lusa o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira.
Um professor de matemática de 63 anos, que expulsou uma aluna da sala de aula por estar a perturbar a lição, foi agredido à frente da escola, em Gaia, por três homens, alegados familiares da estudante do 6.º ano, disseram na quarta-feira à agência Lusa fontes oficiais.
«Isto não pode acontecer, alguém tem de penalizar estes bandidos que agridem professores à porta da escola», afirmou o dirigente sindical, reiterando que a agressão a um professor tem de ser considerada crime público: «Não pode ser o agredido que vai fazer queixa do agressor para depois ir levar mais um tiro na cabeça».
Mário Nogueira defende que, em primeiro lugar, têm de ser adoptadas medidas preventivas.
«Tem de haver uma escola mais humanizada, mais pequena, não são estes mega agrupamentos miseráveis, com 3.000 alunos, sem funcionários», frisou.
No entanto, se a agressão acontecer deve ser tratada como crime que é, sustentou.
«O que espero é que estas coisas não passem novamente para o esquecimento. Rapidamente todos temos de saber o que vai acontecer a estes bandidos», declarou.
A FENPROF tem defendido que o professor seja considerado autoridade pública dentro da escola.
O secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, prometeu em Novembro tudo fazer pela autoridade dos professores, colocando-se ao lado dos docentes na defesa da disciplina na escola e prometendo um novo estatuto do aluno até à primavera, para entrar em vigor no próximo ano lectivo.
Contudo Mário Nogueira diz que é preciso não confundir autoridade com autoritarismo.
Os deputados do CDS-PP questionaram na quarta-feira o ministro da Educação, Nuno Crato, sobre a necessidade de reforçar os meios disciplinares das escolas, depois de noticiado mais este caso pela Lusa.
No mês passado foi o PS a defender que deve haver «rápida intervenção» da polícia para «reprimir episódios de violência» nas escolas, exigindo saber o que o Governo pretende fazer neste sentido.
Aprovada na Assembleia da República, na generalidade, a proposta de lei que criava o crime de violência escolar não sobreviveu ao fim do Governo PS e acabou por caducar, mas ainda pode vir a ser recuperada.
Lusa/SOL
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) exigiu hoje que sejam penalizados os agressores de docentes, como autores de crime público, lamentando que estes casos caiam no esquecimento, depois de noticiados.
«Estas situações não são o dia-a-dia nas escolas, mas acontecem e o que os sucessivos governos fazem é declarações muito solidárias com os professores, anunciam que vão fazer medidas para os proteger, quando os casos aparecem nas primeiras páginas dos jornais, mas depois a coisa passa e não fazem nada», disse hoje à agência Lusa o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira.
Um professor de matemática de 63 anos, que expulsou uma aluna da sala de aula por estar a perturbar a lição, foi agredido à frente da escola, em Gaia, por três homens, alegados familiares da estudante do 6.º ano, disseram na quarta-feira à agência Lusa fontes oficiais.
«Isto não pode acontecer, alguém tem de penalizar estes bandidos que agridem professores à porta da escola», afirmou o dirigente sindical, reiterando que a agressão a um professor tem de ser considerada crime público: «Não pode ser o agredido que vai fazer queixa do agressor para depois ir levar mais um tiro na cabeça».
Mário Nogueira defende que, em primeiro lugar, têm de ser adoptadas medidas preventivas.
«Tem de haver uma escola mais humanizada, mais pequena, não são estes mega agrupamentos miseráveis, com 3.000 alunos, sem funcionários», frisou.
No entanto, se a agressão acontecer deve ser tratada como crime que é, sustentou.
«O que espero é que estas coisas não passem novamente para o esquecimento. Rapidamente todos temos de saber o que vai acontecer a estes bandidos», declarou.
A FENPROF tem defendido que o professor seja considerado autoridade pública dentro da escola.
O secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, prometeu em Novembro tudo fazer pela autoridade dos professores, colocando-se ao lado dos docentes na defesa da disciplina na escola e prometendo um novo estatuto do aluno até à primavera, para entrar em vigor no próximo ano lectivo.
Contudo Mário Nogueira diz que é preciso não confundir autoridade com autoritarismo.
Os deputados do CDS-PP questionaram na quarta-feira o ministro da Educação, Nuno Crato, sobre a necessidade de reforçar os meios disciplinares das escolas, depois de noticiado mais este caso pela Lusa.
No mês passado foi o PS a defender que deve haver «rápida intervenção» da polícia para «reprimir episódios de violência» nas escolas, exigindo saber o que o Governo pretende fazer neste sentido.
Aprovada na Assembleia da República, na generalidade, a proposta de lei que criava o crime de violência escolar não sobreviveu ao fim do Governo PS e acabou por caducar, mas ainda pode vir a ser recuperada.
Lusa/SOL