• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Ginásios enfrentam crise e tornam-se 'low cost'

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
Ginásios enfrentam crise e tornam-se 'low cost'


A crise e o aumento do IVA estão a criar grandes dificuldades aos ginásios e muitos têm encerrado, mas esta é também uma oportunidade para experimentar modelos diferentes, como o "low cost", com qualidade a preços baixos.

Quando analisam as despesas, os consumidores colocam entre as suas prioridades, a alimentação ou a habitação. A mensalidade para o ginásio poderá estar na lista dos primeiros gastos a cortar, apesar das vantagens para a saúde.

Esta gestão juntamente com o aumento do IVA, de 6 para 23 por cento, trouxe muitos problemas aos ginásios em todo o país.

A par dos espaços tradicionais que descem preços e acabam por fechar portas, outras alternativas chegam a Portugal, como o "low cost" (baixo custo), mais conhecido entre as companhias aéreas, mas que a cadeia Fitness Hut instalou com um plano de ter 10 ginásios até final do ano.

O presidente da Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP), José Júlio Vale Castro, disse à agência Lusa que estas unidades "estão a ter muitas dificuldades por via da crise", mas também da subida dos impostos.

"Estimamos que os ginásios estejam a faturar menos 10 a 15 por cento, na faturação bruta, o que equivale a menos 25 a 35 por cento na faturação líquida, devido ao aumento do IVA, entre início de 2011 e início de 2012", especificou.

"Já há bastantes encerramentos, principalmente nos clubes pequenos. Os de maior dimensão que podem ainda viver a crédito estão a adiar essa tomada de posição catastrófica que constitui o encerramento", salientou o responsável.

José Vale Castro apontou outra situação que agrava as dificuldades dos ginásios face a outras atividades.

"Nós, no setor dos ginásios, fomos convencidos há três anos de que a taxa era a reduzida e isso motivou a criação de investimentos e as empresas estão agora no meio" do seu pagamento.

Segundo um estudo da associação, que reúne 840 associados, "entre 2007 e 2011, os ginásios desceram cerca de 14 por cento os seus preços" e, neste momento, não podem subir devido à redução do poder de compras das famílias, realçou ainda o presidente da AGAP.

"Há ginásios a reduzir o preço em desespero, para cativar clientes e conseguir ter faturação rápida, mas essas situações podem ser problemáticas em termos de médio e longo prazo", alertou José Vale Castro.

E os próximos meses não deverão trazer boas notícias para esta atividade já que se vão registar muitos encerramentos, segundo a AGAP.

As estimativas da associação levam o seu presidente a referir que os cerca de 14 mil monitores de várias áreas "estão neste momento em situação grave de poder ver o emprego em risco".

A par desta imagem preocupante, surge uma nova marca de ginásios, a Fitness Hut, que tem um espaço em Lisboa e pretende abrir unidades no Porto em março, em Cascais em abril e em Almada em maio, com o objetivo de chegar aos 10 ginásios no final do ano.

O criador do projeto, Nick Coutts, explicou à Lusa que a ideia é oferecer qualidade, com preço muito baixo, o que consegue através de um novo modelo de clube de "fitness", num espaço sem piscina, "pois só 5 por cento dos sócios a utilizam", sem SPA ou "jacuzi" e sem um restaurante muito grande.

"O segredo é que estamos focados só no 'fitness', há muita coisa feita nos clubes tradicionais que têm um custo imenso e que só é utilizado por uma percentagem muito baixa de frequentadores", especificou.

Outro ponto de diferença realçado é a flexibilidade: "Oferecemos várias opções, para quem quer um compromisso de adesão para um ano, há um preço. Se quiser frequentar o ginásio por períodos mais curtos, por exemplo duas semanas, há outro valor."

Lusa / SOL
 
Topo