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'Armando Vara era um lobista para Manuel Godinho'

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'Armando Vara era um lobista para Manuel Godinho'


Namércio Cunha, o antigo director-geral das empresas do sucateiro Manuel Godinho, acaba de confirmar no julgamento do processo Face Oculta que o arguido Armando Vara, antigo dirigente socialista e vice-presidente do BCP, era visto como «um lobista» pelo sucateiro de Ovar.

O arguido Namércio Cunha, que hoje retomou o seu depoimento ao Tribunal, confirmando aquilo que já dissera durante a sua colaboração anterior com a investigação criminal da Polícia Judiciária de Aveiro, confirmou a meio desta manhã as alegadas influências de Armando Vara.

«Das referências que ouvia de Manuel Godinho sobre Armando Vara fiquei sempre com a sensação de que o senhor Manuel Godinho o via da mesma forma que ao doutor Lopes Barreira [amigo de longa data de Armando Vara], um lobista» -- confirmou integralmente o arguido Namércio Cunha, esta manhã, aos juízes do Tribunal de Aveiro.

O antigo braço-direito de Manuel Godinho afirmou, por outro lado, «da acção de Lopes Barreira não se viam resultados, ao contrário do que sucedia com Paulo Penedos», filho do então presidente da REN, sendo ambos também arguidos no processo Face Oculta.

Namércio envolve pai e filho Penedos

O único arguido que está a colaborar com as autoridades confirmou ainda que José Penedos, então presidente da REN, teria ligações privilegiadas a favor de Manuel Godinho, através do seu filho, o advogado Paulo Penedos (que era consultor jurídico da PT, reportando ao administrador Rui Pedro Soares).

«Paulo Penedos foi-me apresentado em 2005 pelo senhor Manuel Godinho como advogado das suas empresas, mas ele nunca prestou tais serviços, apenas tendo funções de intermediação entre a empresa O2 [do sucateiro] e a REN», disse Namércio Cunha. «Havia indicações superiores para a REN entrar em acordo com a O2» nos concursos – acrescentou, depois de ter ouvido a gravação de escutas telefónicas das suas conversas com o gestor Lopes Barreira.

«Lopes Barreira estava para a Refer como Paulo Penedos para a REN, isto é, como gestor de influência para a resolução de conflitos com a O2», manteve ainda o braço-direito de Manuel Godinho.

Namércio Cunha está a confirmar tudo quando afirmou nos «dez longos dias» de finais de 2009, em que foi interrogado onze vezes pela Polícia Judiciária, duas vezes pelo procurador-adjunto Carlos Filipe Ferreira e uma vez pelo juiz de instrução criminal, António Costa Gomes.


A Bola
 
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