- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,984
- Gostos Recebidos
- 344
Três portugueses detidos por manterem trabalhadores em semi-escravidão
A Guarda Civil espanhola prendeu três portugueses de uma mesma família, radicados há vários anos em Burgos, em Ribera del Duero, por manterem em regime de 'semi-escravidão' cinquenta trabalhadores portugueses e do Magrebe.
O sargento da Polícia Judiciária que liderou a operação, Carlos Lacalle, explicou que os detidos, de 45, 42, e 22 anos, residentes em San Martín de Rubiales, escolhiam as vítimas entre as classes mais humildes nos seus países de origem.
Uma vez em Espanha, os portugueses retinham os documentos dos trabalhadores «para que não pudessem fugir ou denunciar a sua situação», obrigavam-nos a trabalhar no campo em jornadas muito prolongadas e a viver em condições precárias, naquilo que o sargento Lacalle classificou de «celas».
A maioria dos trabalhos era realizada nas vinhas da área de Denominação de Origem da Ribeira do Douro, em explorações cujos donos contratavam os seus serviços através dos três acusados, mas que desconheciam a real situação dos trabalhadores.
Na época alta da actividade chegava a haver até 20 trabalhadores nessa situação de 'semi-escravidão', mas na época baixa mantinham entre quatro e seis, entre homens e mulheres.
Na operação também foram presos outros três portugueses, de 23, 34 e 55 anos, que supostamente foram «pressionados» pelos empregadores, agora detidos, a cometer furtos e pequenos roubos em outras propriedades.
Segundo a investigação, os portugueses chegaram a realizar uma centena de roubos.
O tenente-coronel da Guarda Civil em Burgos, Miguel Salom, explicou que, ainda que se trate de roubos de menos quantia, provocaram uma grande sensação de insegurança entre os agricultores da região, que haviam pedido maior vigilância e presença da Guarda Civil.
Entre o material recuperado, estão 1.500 litros de gasóleo, sete andaimes, tubos isolantes, dois computadores portáteis, vinte relógios, 42 telemóveis e documentos pessoais e bancários, segundo a Guarda Civil espanhola.
Também foram apreendidos um revólver e munição, uma caçadeira de calibre 12 milímetros, uma espingarda de calibre 4,5 milímetros, uma pistola e vinte e seis armas brancas.
Lusa/SOL
A Guarda Civil espanhola prendeu três portugueses de uma mesma família, radicados há vários anos em Burgos, em Ribera del Duero, por manterem em regime de 'semi-escravidão' cinquenta trabalhadores portugueses e do Magrebe.
O sargento da Polícia Judiciária que liderou a operação, Carlos Lacalle, explicou que os detidos, de 45, 42, e 22 anos, residentes em San Martín de Rubiales, escolhiam as vítimas entre as classes mais humildes nos seus países de origem.
Uma vez em Espanha, os portugueses retinham os documentos dos trabalhadores «para que não pudessem fugir ou denunciar a sua situação», obrigavam-nos a trabalhar no campo em jornadas muito prolongadas e a viver em condições precárias, naquilo que o sargento Lacalle classificou de «celas».
A maioria dos trabalhos era realizada nas vinhas da área de Denominação de Origem da Ribeira do Douro, em explorações cujos donos contratavam os seus serviços através dos três acusados, mas que desconheciam a real situação dos trabalhadores.
Na época alta da actividade chegava a haver até 20 trabalhadores nessa situação de 'semi-escravidão', mas na época baixa mantinham entre quatro e seis, entre homens e mulheres.
Na operação também foram presos outros três portugueses, de 23, 34 e 55 anos, que supostamente foram «pressionados» pelos empregadores, agora detidos, a cometer furtos e pequenos roubos em outras propriedades.
Segundo a investigação, os portugueses chegaram a realizar uma centena de roubos.
O tenente-coronel da Guarda Civil em Burgos, Miguel Salom, explicou que, ainda que se trate de roubos de menos quantia, provocaram uma grande sensação de insegurança entre os agricultores da região, que haviam pedido maior vigilância e presença da Guarda Civil.
Entre o material recuperado, estão 1.500 litros de gasóleo, sete andaimes, tubos isolantes, dois computadores portáteis, vinte relógios, 42 telemóveis e documentos pessoais e bancários, segundo a Guarda Civil espanhola.
Também foram apreendidos um revólver e munição, uma caçadeira de calibre 12 milímetros, uma espingarda de calibre 4,5 milímetros, uma pistola e vinte e seis armas brancas.
Lusa/SOL