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CGTP exige aumento do salário mínimo

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CGTP exige aumento do salário mínimo


A CGTP exigiu hoje a atualização do salário mínimo de 485 euros, com o líder da central sindical, Arménio Carlos, a afirmar que sem esse aumento 400 mil trabalhadores continuarão a viver abaixo do limiar da pobreza.

«Os salários têm de ser aumentados urgentemente e o salário mínimo nacional tem de ser atualizado urgentemente», disse hoje o secretário-geral da CGTP no discurso que fechou a manifestação nacional que juntou dezenas de milhares de pessoas de todo o país em Lisboa.

Segundo Arménio Carlos, hoje juntaram-se em Lisboa «300 mil pessoas» contra as desigualdades e empobrecimento.

«Esta foi a maior manifestação jamais realizada em Lisboa em 30 anos», afirmou o dirigente sindical.

As autoridades policiais não avançaram nenhum número de manifestantes.

Quanto ao salário mínimo, Arménio Carlos disse que sem esse aumento muitos trabalhadores continuarão a viver na pobreza.

«"Se não atualizarmos os 485 euros, se introduzirmos os 11 por cento que cada trabalhador desconta para Segurança Social, os trabalhadores levam para casa um salário líquido de 432 euros e o valor para o limiar da pobreza são 434 euros», disse o sindicalista.

«Hoje Portugal tem 400 mil trabalhadores que trabalham e estão abaixo do limiar da pobreza», acrescentou.

Na mesma intervenção, Arménio Santos afirmou que as medidas de austeridade que estão a ser levadas a cabo pelo Governo estão a «encaminhar o país para o precipício».

O sindicalista voltou ainda a criticar o acordo de concertação social e afirmou que as associações patronais já andam novamente a falar na redução da Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas à Segurança Social como estratégia para retirar mais direitos aos trabalhadores já que «sabem que não vão conseguir» levar a ideia avante.

Arménio Carlos referiu-se também ao Presidente da República, criticando os seus elogios ao acordo entre UGT, Governo e associações patronais.

«Diz que é bom porque não se aplica a ele, que optou pelos 10 mil euros de pensão em vez dos 6500 euros referentes às funções que desempenha», afirmou sobre Cavaco Silva.

O líder da CGTP, que recordou que na próxima semana chegam os peritos da ‘troika' para uma nova avaliação, considerou que os «pacotes sucessivos de austeridade e sacrifícios não criam riqueza», afirmando que Portugal deve estar disponível para «cumprir os seus compromissos» mas através da «criação de riqueza» e «sem subserviências», pelo que exigiu a «renegociação da dívida».

A CGTP vai reunir o Conselho Nacional na próxima semana.

Questionado à margem pelos jornalistas sobre se admite avançar com uma greve, Arménio Carlos disse apenas que «todas formas de luta estão em cima da mesa, nenhuma é de excluir».


Lusa/SOL
 
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