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Moody's baixou rating da dívida portuguesa
A Moody's baixou na segunda-feira o 'rating' de seis países europeus, incluindo de Portugal, e ameaça cortar o triplo A de França, Reino Unido e Áustria, considerando que estão expostos aos «riscos financeiros e macroeconómicos crescentes que emanam da zona euro».
Em comunicado divulgado na segunda-feira, a Moody's revela que os 'ratings' de Portugal e de Itália foram cortados em um nível, para Ba3 e A3, respectivamente, e o de Espanha em dois níveis, para A3. No caso da Eslováquia, da Eslovénia e de Malta, a agência baixou as notas atribuídas em um nível: para A2 nos dois primeiros casos e para A3 no caso de Malta.
A Moody's refere que as perspectivas mantêm-se negativas para estes seis países, devido à «continuada incerteza sobre as condições de financiamento nos próximos trimestres e ao correspondente impacto no crédito».
Quanto aos três países cuja nota máxima está agora ameaçada - França, Reino Unido e Áustria - a Moody's alterou também as perspectivas para terreno negativo, justificando que essas «perspectivas reflectem a presença de um número de pressões de crédito específicas que vão exacerbar a susceptibilidade das balanças comerciais destes países e dos seus programas de austeridade em curso».
Quanto a Portugal, a agência mantém as perspectivas negativas do 'rating' da dívida pública reflectindo «o potencial de um declínio maior nas condições económicas e de financiamento, em resultado da deterioração da crise de dívida na área do euro».
«A Moody's espera que a economia portuguesa contraia em mais de três por cento [do Produto Interno Bruto - PIB] em 2012, tendo em conta os riscos da região, incluindo o impacto da desalavancagem em curso no sector financeiro privado e o impacto imediato das medidas de austeridade do Governo», lê-se na nota da Moody's.
A agência prevê que o desemprego continue elevado, que a procura interna encolha e que o comércio externo de Portugal abrande este ano, o que vai minar as exportações, «o único motor do crescimento do PIB desde a recessão de 2009».
No entanto, diz a agência, há também razões para que o corte do 'rating' de Portugal tenha sido limitado a um nível.
«Em primeiro lugar, o sucesso do Governo em cumprir os objectivos orçamentais» fixados pelos credores internacionais (Fundo Monetário Internacional, FMI, e União Europeia, UE), aponta.
«A segunda razão (...) é a expectativa da Moody's de que o Governo português vai alcançar uma correcção do saldo estrutural em 2011 equivalente a cerca de quatro por cento do PIB, o que o FMI considerou ser o maior ajustamento em Europa em 2011», refere ainda a agência.
Também o facto de o Executivo estar a «desenhar e implementar um conjunto suplementar de reformas que pretendem impulsionar a taxa de crescimento potencial da economia» foi um motivo para que a Moody's não cortasse o 'rating' de Portugal em mais níveis.
«O Governo português, ao contrário do da Grécia, tem conseguido garantir a cooperação de um largo segmento da força de trabalho para estas reformas», considera.
Lusa/SOL
A Moody's baixou na segunda-feira o 'rating' de seis países europeus, incluindo de Portugal, e ameaça cortar o triplo A de França, Reino Unido e Áustria, considerando que estão expostos aos «riscos financeiros e macroeconómicos crescentes que emanam da zona euro».
Em comunicado divulgado na segunda-feira, a Moody's revela que os 'ratings' de Portugal e de Itália foram cortados em um nível, para Ba3 e A3, respectivamente, e o de Espanha em dois níveis, para A3. No caso da Eslováquia, da Eslovénia e de Malta, a agência baixou as notas atribuídas em um nível: para A2 nos dois primeiros casos e para A3 no caso de Malta.
A Moody's refere que as perspectivas mantêm-se negativas para estes seis países, devido à «continuada incerteza sobre as condições de financiamento nos próximos trimestres e ao correspondente impacto no crédito».
Quanto aos três países cuja nota máxima está agora ameaçada - França, Reino Unido e Áustria - a Moody's alterou também as perspectivas para terreno negativo, justificando que essas «perspectivas reflectem a presença de um número de pressões de crédito específicas que vão exacerbar a susceptibilidade das balanças comerciais destes países e dos seus programas de austeridade em curso».
Quanto a Portugal, a agência mantém as perspectivas negativas do 'rating' da dívida pública reflectindo «o potencial de um declínio maior nas condições económicas e de financiamento, em resultado da deterioração da crise de dívida na área do euro».
«A Moody's espera que a economia portuguesa contraia em mais de três por cento [do Produto Interno Bruto - PIB] em 2012, tendo em conta os riscos da região, incluindo o impacto da desalavancagem em curso no sector financeiro privado e o impacto imediato das medidas de austeridade do Governo», lê-se na nota da Moody's.
A agência prevê que o desemprego continue elevado, que a procura interna encolha e que o comércio externo de Portugal abrande este ano, o que vai minar as exportações, «o único motor do crescimento do PIB desde a recessão de 2009».
No entanto, diz a agência, há também razões para que o corte do 'rating' de Portugal tenha sido limitado a um nível.
«Em primeiro lugar, o sucesso do Governo em cumprir os objectivos orçamentais» fixados pelos credores internacionais (Fundo Monetário Internacional, FMI, e União Europeia, UE), aponta.
«A segunda razão (...) é a expectativa da Moody's de que o Governo português vai alcançar uma correcção do saldo estrutural em 2011 equivalente a cerca de quatro por cento do PIB, o que o FMI considerou ser o maior ajustamento em Europa em 2011», refere ainda a agência.
Também o facto de o Executivo estar a «desenhar e implementar um conjunto suplementar de reformas que pretendem impulsionar a taxa de crescimento potencial da economia» foi um motivo para que a Moody's não cortasse o 'rating' de Portugal em mais níveis.
«O Governo português, ao contrário do da Grécia, tem conseguido garantir a cooperação de um largo segmento da força de trabalho para estas reformas», considera.
Lusa/SOL