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Igreja já identificou meio milhar de obras roubadas e quer inventário

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Igreja já identificou meio milhar de obras roubadas e quer inventário das peças religiosas


Mais de meio milhar das peças furtadas de espaços religiosos foram identificadas pela Igreja num processo que inclui a elaboração de um inventário dos bens existentes nas paróquias, disse à Lusa a directora do Secretariado dos Bens Culturais da Igreja.

«Temos referenciadas cerca de 550 a 600 peças, neste momento, e, portanto, o que estamos a fazer é o confronto junto das paróquias [para saber] de onde essas peças desapareceram, e estamos a solicitar o envio de todas as informações que tenham relativamente àquelas peças», indicou Sandra Costa Saldanha.

Segundo a directora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI), está a ser realizado um levantamento não só das peças furtadas, mas também dos processos de actuação das próprias paróquias ou das dioceses relativamente à existência de seguros ou de barreiras físicas de segurança, como é o caso dos sistemas de alarme.

«Para o secretariado, e para esta área de um modo geral, a grande prioridade é o registo cadastral dos objectos. Sem existir um bilhete de identidade mínimo, não é possível partir para lado nenhum. Tudo o resto será sempre uma consequência dessa base de identificação primária das peças», afirmou.

Sandra Costa Saldanha lembra que, até agora, depois do furto, um dos grandes problemas na tentativa por parte da polícia judiciária de recuperar as peças, é que estas não têm cadastro.

As peças de carácter religioso «não estão identificadas.

Não existe uma fotografia que permita, por exemplo num contexto comercial ou de venda num antiquário ou num leilão, perceber que peça é e de onde é que veio», explicou, sublinhando que, «depois de desaparecer, se não estiver identificada é como se [a peça] nunca tivesse existido».

Relativamente às fotografias disponíveis, Sandra Costa Saldanha explicou que existem fotografias de peças que foram feitas para efeitos de inventário, mas também existem fotos dos artigos em contextos completamente diferentes, como é o caso de uma procissão.

A directora do SNBCI adiantou ainda que, na perspectiva da prevenção, estão a ser programadas algumas acções de sensibilização junto das paróquias para a realização de um cadastro simples e básico das peças.

Sandra Costa Saldanha defende que sejam feitos inventários adequados por cada igreja e aplicadas medidas de prevenção complementares, como disponibilizar segurança física aos próprios objectos e igrejas.

O SNBCI vai ainda avançar para a formação preventiva de párocos, zeladores, funcionários, técnicos e colaboradores «porque existem medidas básicas e fáceis de concretizar que devem entrar nos procedimentos quotidianos destes espaços».

Para Sandra Costa Saldanha é igualmente importante que seja ultrapassada «a desarticulação que existe entre as instituições da Igreja e as policiais».

«Não é que haja um difícil relacionamento, mas há uma articulação deficiente entre as partes», sublinhou.

No início de 2012, o Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja Católica introduziu no seu site uma base de dados de obras de arte furtadas dos espaços sagrados, que disponibiliza informações sobre as peças que desapareceram das igrejas e conta com a colaboração de diversos organismos, assentando num exaustivo levantamento de dados ainda em curso.


Lusa/SOL
 
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