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São Clemente e Mangueira levam sambódromo ao delírio

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RoterTeufel

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Carnaval no Rio de Janeiro ao rubro
São Clemente e Mangueira levam sambódromo ao delírio


As escolas de samba São Clemente e Mangueira levaram ao delírio o público no sambódromo do Rio de Janeiro no segundo e último dia de desfiles da capital carioca, que terminaram quando já era manhã desta terça-feira.
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Escola vencedora do Carnaval deste ano no Rio de Janeiro será conhecida no final da tarde desta quarta-feira




A São Clemente, escola considerada ainda pequena, superou todas as previsões com um samba que caiu rapidamente no gosto popular e um desfile primoroso, e a Mangueira, uma das mais tradicionais do Carnaval brasileiro, surpreendeu e inovou ao fazer uma longa “paradinha”, ou seja, suspendendo a batucada, por quase três minutos.

Com um enredo falando sobre os grandes espectáculos musicais, principalmente na Broadway, em Nova Iorque, e nas principais capitais brasileiras, a São Clemente, que desfilou pela segunda vez no principal grupo do samba carioca, foi a primeira a entrar na Avenida Sapucaí, quando o público costuma estar ainda frio, mas isso durou pouco.

Com um desfile arrebatador pelo colorido, por um violino que o tempo todo acompanhou a batucada e com novidades, como uma enorme mulata de Angola insuflável, com mais de 20 metros de altura, que caminhava e requebrava puxada por fios manipulados por pessoas que iam atrás e à frente da boneca, a São Clemente também deu um verdadeiro show de harmonia, criatividade e alegria. Todo o público se levantou e acompanhou o desfile da escola até final cantando e aplaudindo.

A Mangueira, que apresentou um enredo que homenageou o Cacique de Ramos, entidade cultural e recreativa que completou 50 anos em 2011 e é um marco na história do Carnaval carioca, surpreendeu não apenas pela qualidade do desfile, luxuoso e técnicamente harmonioso, como é hábito, mas pela “paradinha”.

É comum nos últimos anos as escolas de samba fazerem essa interrupção do som dos instrumentos, mas apenas por alguns segundos.

A Mangueira ousou, parou pelo que pareceram intermináveis três minutos, e o público, meio sem saber o que estava realmente a acontecer, levantou-se e durante o silêncio dos batuques cantou enérgicamente o samba da escola, num momento de arrepiar.

Outros dois destaques desta última noite de desfiles foram a Salgueiro e a Grande Rio. Esta última, que no ano passado foi atingida um mês antes do Carnaval por um violento incêndio no seu barracão, empolgou o público falando de superação, não só a sua mas de brasileiros que souberam vencer grandes adversidades. E a Salgueiro, apesar de, como em anos anteriores, ter tido problemas com o gigantismo dos seus carros alegóricos, também arrebatou o público ao desenvolver na avenida um enredo que contou a história da chamada “Literatura de Cordel”, pequenos livrinhos que contam em verso e com termos populares grandes feitos ou coisas do quotidiano de uma cidade ou região, tradição secular levada pelos portugueses e ainda muito em voga no nordeste do Brasil.


C.da Manha
 
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