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Canela

Luz Divina

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Nome popular CANELA

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Nome científico Cinnamomum zeylanicum

Família Lauraceae

Sinonímia popular Canela-do-ceilão, canela-verdadeira

Parte usada Casca

Propriedades terapêuticas Antifungicida, antiinflamatória, antibacteriana

Princípios ativos Óleo essencial

Indicações terapêuticas Reduz nível de açúcar no sangue

Informações complementares

A seguir uma interessante matéria sobre canela publicada no jornal Folha de São Paulo em agosto de 2005.


Canela ajuda a reduzir açúcar no sangue


Chocolate quente, arroz marroquino, quentão. Em comum, essas receitas têm entre seus ingredientes uma das especiarias mais aromáticas do mundo: a canela. A torta marroquina é um bom exemplo de sua versatilidade – preparada originalmente com pombo, substituido por perdiz no Brasil, é uma receita salgada e salpicada com açúcar e canela.

Há dois tipos de canela, ambos cultivados no Brasil. A canela-verdadeira (Cinnamomum zeylanicum), também conhecida como canela-do-ceilão, é natural do Sri Lanka (o antigo Ceilão), mais adocicada e suave. Já a canela-de-cássia (Cinnamomum cassia), ou canela-da-china, possui sabor mais picante. Originária da antiga Birmânia, é utilizada na China desde 2500 a.C.


A especiaria é obtida de uma árvore da família do louro. A casca é retirada do tronco na época das chuvas, quando a seiva é mais abundante, e depois é seca e enrolada manualmente em formato de canudo – aquilo que é conhecido como canela em rama ou em pau. Os resíduos e as cascas quebradas se transformam em canela em pó.


Conhecida desde a Antiguidade, figurava entre os presentes dados à realeza por seu enorme valor. Considerada símbolo da sabedoria, foi usada por gregos, romanos e hebreus na aromatização de vinhos. Uma lenda diz que Nero, imperador de Roma, teria mostrado sua dor no funeral de sua mulher queimando o estoque anual de canela.


O monopólio do comércio da especiaria foi responsável por manter seu preço elevado durante séculos. Os portugueses controlavam a venda no século 16, que passou às mãos dos holandeses quando estes os expulsaram do Ceilão, em 1656. No final do século 18, os ingleses tomaram a região e ganharam exclusividade no comércio do produto.


Na Idade Média, as especiarias eram empregadas na culinária principalmente por sua função terapêutica. Segundo o livro “História da Alimentação”, organizado por Jean-Louis Flandrin e Massimo Montanari, entre os séculos 13 e 17 eram recomendadas para temperar carnes, facilitando sua digestão.


Um livro de 1256, “Regime du Corps” (Aldebrandin de Siena), já afirmava que a canela tem o mérito de “reforçar a virtude do fígado e do estômago” e de “fazer com que a carne tenha um bom cozimento”. Seu uso era tão abrangente que, no século 17, a especiaria era utilizada até em massas italianas.


A canela é um dos ingredientes do “garam masala” - mistura de especiarias muito utilizada na Índia. No Brasil, perfuma e enriquece uma série de receitas, como tortas de frutas, compotas, pães doces, bolos, bebidas quentes e doces tradicionais, como arroz-doce, curau e ambrosia.


O chef Charlô Whately costuma colocar um pau de canela no molho de tomate. “Quando você come, não identifica muito bem o que é, mas deixa um gostinho especial”, afirma.


Um estudo preliminar do US Agricultural Research Service com portadores de diabetes tipo 2 mostrou que consumir metade de uma colher de chá ao dia é suficiente para reduzir os níveis de açúcar no sangue. Além disso, os óleos essenciais de canela têm ação antifungicida, antiinflamatória e antibacteriana.
 
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