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'Idosos são úteis, capazes e fazem falta à sociedade'

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'Idosos são úteis, capazes e fazem falta à sociedade'


A coordenadora nacional do Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações defendeu a importância desta iniciativa para passar a mensagem de que os mais velhos «são úteis, capazes e fazem falta à sociedade».

Joaquina Madeira falava à agência Lusa nas vésperas da abertura oficial em Portugal do Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações, que decorre na terça-feira em Lisboa.

Em entrevista à agência Lusa, Joaquina Madeira confessou que a coordenação desta iniciativa é uma «tarefa árdua», mas ao mesmo tempo «um desafio muito importante e muito interessante».

«Sinto-me muito gratificada por poder participar neste trabalho que exige a mobilização de todos», disse, considerando que é «um momento de viragem».

O objectivo do Ano Europeu «é sensibilizar, informar e formar a opinião pública e os atores relevantes da sociedade portuguesa para as questões do envelhecimento activo, como uma forma de se envelhecer com qualidade, saúde, segurança e com participação na sociedade», sublinhou.

«É um desafio que se põe à sociedade no sentido de também contribuir para que as pessoas envelheçam com melhor qualidade», uma vez que a população idosa irá continuar a crescer.

Os Censos de 2011 mostraram que existem em Portugal 2,023 milhões de pessoas com 65 ou mais anos (cerca de 19 por cento da população total), um número que aumentou cerca de 19% em dez anos.

As estimativas apontam que, em 2050, o número de idosos duplicará (35,7%) e a dos jovens diminuirá 0,5% (14,4%).

Para Joaquina Madeira, a longevidade da população é um «enorme desafio» para o qual a sociedade tem de se preparar ao nível da saúde, do trabalho, emprego, segurança e da urbanização.

É necessário «valorizar a pessoa idosa como contribuinte activo para a sociedade e não como o consumidor, o inútil que, por ter uma idade avançada se põe de lado».

Para isso, esta iniciativa aposta no combate ao «estereótipo do idoso desvalorizado na sociedade» e no «envelhecimento com qualidade, segurança e capacidade de participação na sociedade».

Outro objectivo, avançou, é «aproximar as gerações» e acabar com o «fosso» que foi criado, afastando os mais novos dos mais velhos.

«O ano europeu transforma num desafio e num objectivo criar boas práticas para aproximar gerações, com projectos e iniciativas com as escolas para que todos se conheçam melhor e percebam que todos têm talentos e capacidade de fazer coisas independentemente da idade», adiantou.

Por outro lado, é preciso «combater a palavra competição»: «Ninguém tira o lugar a ninguém e se cooperarmos ganhamos todos».

«Se houver uma boa gestão das idades nas empresas e nos serviços públicos há lugar para todos. Não podemos segregar porque é mais velho ou mais novo», disse, considerando que tem de atribuir-se os lugares em função das capacidades e competências de cada um.

Para a responsável, ainda existe muito preconceito em relação aos idosos e o ano europeu também servirá para quebrar este dogma.

«Os idosos são cada vez mais cultos e interessados», sustentou, dando como exemplo as universidades da terceira idade que, quando nasceram há dez anos, tinham 10.000 alunos e actualmente têm mais de 30.000.

«É um indicador de que as pessoas procuram envelhecer da melhor maneira e que procuram a felicidade em qualquer idade», disse, rematando: «Não se é velho porque se tem 65 anos, isso é uma fronteira administrativa».


Lusa/SOL
 
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