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Wikileaks: Os novos segredos

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Publicação de emails de agência privada de espionagem dá novo fôlego à organização de Julian Assange. Grupo hacker Anonymous é o responsável pela fuga de informação.Segredos ou boatos? São cinco milhões de mensagens de email interceptadas em Dezembro último pelo Anonymous, mas até ao momento só se conhece o conteúdo de um punhado de comunicações escritas em tom coloquial. Para já, a maior vítima do mais recente golpe do Wikileaks é a própria Stratfor, uma organização privada sediada no Texas (EUA), descrita como a «CIA sombra», que vê as suas práticas e a sua lista de clientes serem postas a nu pelos ciberactivistas.

Coca-Cola e Bhopal

Entre os clientes da empresa privada de espionagem contam-se Governos e multinacionais como a Coca-Cola, citada numa das primeiras mensagens divulgadas esta segunda-feira. O gigante da indústria alimentar terá contratado a Stratfor para espiar a associação de defesa dos direitos dos animais PETA. Também os activistas que lutam pelos direitos das vítimas do desastre industrial de Bhopal, na Índia, foram vigiados pela companhia texana.

Israel e Irão

A área de negócio da Stratfor estende-se para além da espionagem industrial. De acordo com vários emails já divulgados, a actualidade internacional é alvo de intenso debate entre fontes e analistas da agência. Sobre um eventual ataque israelita contra alvos nucleares iranianos é dito que Rússia e Arábia Saudita são os países que mais teriam a ganhar com a eventual escalada do preço do petróleo – já europeus e chineses pagariam uma pesada factura. Talvez por isso, Rússia, Índia e Arábia Saudita juntam-se nos bastidores a israelitas e norte-americanos no clube dos que querem ver uma nova guerra no Médio Oriente, enquanto chineses e europeus defendem uma solução diplomática para o diferendo, aponta a Stratfor.

Como decorreria um ataque israelita ao Irão? Seria muito rápido, acreditam os analistas da agência texana. Duraria não mais de 48 horas e seria suficientemente devastador para provocar uma mudança de regime em Teerão.

No entanto, e este é um dos pedaços de informação mais controversos entre os que foram revelados esta segunda-feira, Israel não irá atacar o Irão – porque já não precisa. Benjamin Preisler, analista da Stratfor, refere num email divulgado pelo Wikileaks que os principais alvos do programa nuclear iraniano foram destruídos em 2011. Segundo outras mensagens, pelos serviços secretos hebraicos e os seus aliados curdos, numa campanha de atentados, assassínios e ataques informáticos. Todo o debate em torno de um ataque ao Irão não passará de uma manobra de desinformação dos europeus para afastar as atenções da crise financeira, afirma Preisler, citando fonte israelita.

Aznar extremista


O ex-primeiro-ministro espanhol José María Aznar é uma das muitas personalidades mencionadas nos emails da Stratfor. Uma fonte da agência relata uma conversa com o líder conservador e descreve Aznar como «hardcore, mais extremista do que os agentes israelitas» na sua postura anti-terrorista. Por essa razão, os analistas conferem reduzida credibilidade à afirmação de Aznar de que o grupo terrorista basco ETA teria cerca de 20 bases operacionais na Venezuela.

Chávez tem um ano de vida

Outra informação referida nos emails da Stratfor dá conta que Hugo Chávez terá cerca de um ano de vida. O Presidente venezuelano sofre de um cancro na próstata que ter-se-á expandido para o cólon, o sistema linfático e a espinal medula. A situação terá sido agravada pelo facto de Chávez ser «um paciente péssimo» que interrompe tratamentos para poder realizar aparições públicas e participar em encontros políticos. Segundo a Stratfor, o líder venezuelano está a ser acompanhado não só por uma equipa de médicos cubanos como por outra de clínicos russos, sendo que os dois grupos têm visões opostas sobre a melhor estratégia de tratamento.
SOL
 
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