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Ligeira queda do número de passageiros da STCP

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Ligeira queda do número de passageiros da STCP


O número de passageiros da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) desceu ligeiramente ao longo de 2011 e a indemnização compensatória dada pelo Governo também diminuiu, mas a empresa tem conseguido aumentar a sua taxa de cobertura.

Fernanda Menezes, a presidente do Conselho de Administração da STCP, que hoje apresenta as suas contas em conferência de imprensa, declarou à agência Lusa que o número de passageiros «teve uma ligeiríssima queda, que não chega a um por cento em relação a 2010», notando-se «em 2011 um comportamento irregular: na primeira metade do ano a procura subiu e na segunda metade do ano desceu continuadamente».

A quebra não é completamente simultânea com os aumentos de preços de Janeiro e Agosto, mas Fernanda Menezes acha «que se relaciona de alguma maneira» e, na sua opinião, «também é evidente que se começam a sentir os reflexos da situação económica degradada, nas famílias e nas pessoas».

«Diz-se, por exemplo, que já há mais gente que faz percursos a pé», admitiu a administradora.

A indemnização compensatória entregue pelo Governo que, na opinião da administradora, «nunca foi muito alta, ainda conseguiu baixar um bocadinho», recebendo a STCP «menos 1,1 milhões em 2011 em relação a 2010».

Fernanda Meneses, que em breve deverá deixar de estar à frente da transportadora do Porto, critica o facto de as indemnizações compensatórias serem «atribuídas com base em nenhum critério objectivo».

«O ano passado nós recebemos menos de 18 milhões e a Carris andou perto dos 54 milhões e julgo que eles não chegam a fazer o dobro de quilómetros do que nós fazemos», sustenta a administradora.

Apesar desta diminuição a administradora afirmou que a taxa de cobertura dos custos operacionais «tem vindo sempre a melhorar» e é «bem mais elevada» do que a da Carris.

«Com indemnizações compensatórias, em 2011 tivemos 92% de taxa de cobertura e não chegava a 89% em 2010 e a 82% em 2009», explicou.

Sem indemnizações compensatórias, só com verbas próprias, a taxa de cobertura é de «70%, contra 66% em 2010 e 60% em 2009».

A administradora salientou também os bons resultados no controlo do endividamento: «Em 2011 não podíamos subir mais do que 6% e em 2012 não mais que 5%. Durante o ano passado aumentámos o endividamento em 5,25%, ou seja, ficamos abaixo do limite».

«O que as empresas têm é um cutelo pesadíssimo da dívida histórica», afirmou. «Nós subimos o endividamento em 5,2 % mas bom seria que o diminuíssemos, mas é impossível», garantiu.

Essa impossibilidade resulta do facto de não existir «cobertura para os encargos financeiros com a dívida, nem para o investimento, nem para o resultado operacional negativo, quando se verifica».

Fernanda Meneses salienta que, na STCP, «os 8,2 milhões de juros suportados em 2010 subiram para 14,3 milhões em 2011», um crescimento de mais de 60%. «O ano passado foi um ano trágico», concluiu.


Lusa/SOL
 
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