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Taxa penaliza quem não consome água
Uma taxa aplicada aos contadores está a gerar polémica na Nazaré onde a população se queixa de receber facturas mais elevadas se não tiver qualquer consumo do que quem gasta pelo menos um metro cúbico de água.
Em causa está a tarifa de disponibilidade de serviço, aplicada aos contadores com “consumo zero” cujos preços sofreram, em 2012, “um aumento de dois para seis euros, a que se junta igual aumento da tarifa de saneamento e a subida da tarifa de resíduos urbanos, de três para nove euros”, disse à Lusa um consumidor que pediu o anonimato.
Para o mesmo queixoso é “incompreensível pagar 21,36 euros sem ter gasto qualquer água quando quem gasta pelo menos um metro cúbico de água paga valores que rondam os 10 euros”, apenas por não estar incluído no “consumo zero”.
Contactado pela Lusa o presidente da Câmara da Nazaré, Jorge Barroso (PSD), admite que o tarifário escolhido não seja “completamente justo”.
O problema prende-se, segundo o autarca, com “a grande percentagem de contadores de segunda habitação” existentes na Nazaré, os quais, apesar de durante grande parte do ano não registarem qualquer consumo, concorrem “para os custos fixos que o município tem com o abastecimento”.
Entre “fazer reflectir esses custos por todos os consumidores e aumentar as facturas para toda a população” ou, “aplicar esta taxa de disponibilidade mais elevada, aos contadores de segunda habitação, optámos por esta última”, explica Jorge Barroso.
O autarca assume que “esta não é a solução perfeita”, mas considera haver “uma discriminação positiva entre quem tem apenas uma habitação e quem tem várias casas ou garagens”.
Justificações que não colhem junto do PS local, que em comunicado acusa a câmara de fazer um “convite claro ao desperdício” que “nesta altura de crise e seca assume contornos de escândalo e crime ambiental”.
O PS pediu na Assembleia Municipal a abolição do “consumo zero” na factura da água com o objectivo de “acabar com esta injustiça e moderar a sede de receitas do executivo” que desafia a assumir “as consequências políticas dos erros”.
Barroso responde com outro desafio, dizendo-se “receptivo” a que o PS, “em vez de criticas, contribua com propostas justas e equilibradas” para a solução que “a câmara está a estudar, mas que ainda não conseguiu encontrar”.
Lusa/SOL
Uma taxa aplicada aos contadores está a gerar polémica na Nazaré onde a população se queixa de receber facturas mais elevadas se não tiver qualquer consumo do que quem gasta pelo menos um metro cúbico de água.
Em causa está a tarifa de disponibilidade de serviço, aplicada aos contadores com “consumo zero” cujos preços sofreram, em 2012, “um aumento de dois para seis euros, a que se junta igual aumento da tarifa de saneamento e a subida da tarifa de resíduos urbanos, de três para nove euros”, disse à Lusa um consumidor que pediu o anonimato.
Para o mesmo queixoso é “incompreensível pagar 21,36 euros sem ter gasto qualquer água quando quem gasta pelo menos um metro cúbico de água paga valores que rondam os 10 euros”, apenas por não estar incluído no “consumo zero”.
Contactado pela Lusa o presidente da Câmara da Nazaré, Jorge Barroso (PSD), admite que o tarifário escolhido não seja “completamente justo”.
O problema prende-se, segundo o autarca, com “a grande percentagem de contadores de segunda habitação” existentes na Nazaré, os quais, apesar de durante grande parte do ano não registarem qualquer consumo, concorrem “para os custos fixos que o município tem com o abastecimento”.
Entre “fazer reflectir esses custos por todos os consumidores e aumentar as facturas para toda a população” ou, “aplicar esta taxa de disponibilidade mais elevada, aos contadores de segunda habitação, optámos por esta última”, explica Jorge Barroso.
O autarca assume que “esta não é a solução perfeita”, mas considera haver “uma discriminação positiva entre quem tem apenas uma habitação e quem tem várias casas ou garagens”.
Justificações que não colhem junto do PS local, que em comunicado acusa a câmara de fazer um “convite claro ao desperdício” que “nesta altura de crise e seca assume contornos de escândalo e crime ambiental”.
O PS pediu na Assembleia Municipal a abolição do “consumo zero” na factura da água com o objectivo de “acabar com esta injustiça e moderar a sede de receitas do executivo” que desafia a assumir “as consequências políticas dos erros”.
Barroso responde com outro desafio, dizendo-se “receptivo” a que o PS, “em vez de criticas, contribua com propostas justas e equilibradas” para a solução que “a câmara está a estudar, mas que ainda não conseguiu encontrar”.
Lusa/SOL