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Aldeia do Alentejo faz novena para pedir chuva a Deus

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Aldeia do Alentejo faz novena para pedir chuva a Deus


Devido à seca, a população da Aldeia da Sete, no concelho de Castro Verde, está a pedir chuva a Deus e aos santos, através de uma novena que inclui preces e orações rezadas e cantadas à moda alentejana.

Através da novena 'Cantes para pedir Chuva', que começou no domingo e decorre até segunda-feira, sempre a partir das 20h00 na capela da aldeia, homens e mulheres «unem vozes num sentido apelo» a Deus e aos santos, disse hoje à Lusa Pedro Mestre, da organização.

«Devido ao facto de estarmos a passar uma fase já complicada de falta de chuva», «o desespero tomou conta do povo» da aldeia, que, tal como aconteceu em 1990 e 2005, retomou a tradição antiga de «evocar os céus em momentos de aflição», explicou.

Em cada encontro da novena, os participantes, para pedirem «a chuva, que tarda em cair», a Deus, à Virgem e aos santos da devoção, rezam e cantam, sob a forma de cantes alentejanos, preces e orações, as quais «o povo acredita que podem resultar», contou.

«Certo é que o povo acredita» e «fala-se que em 1990 resultou», já que, após terminar a novena, «choveu», contou Pedro Mestre, referindo que a população da aldeia espera que tal «aconteça também» este ano.

Falta de pastagens para alimentar o gado, plantações de cereais «bastante comprometidas» e com risco de perdas totais e «despesas extras» para regar culturas de regadio são os efeitos da seca no Baixo Alentejo, segundo disse à Lusa João Madeira, da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo.

No passado dia 10 de Fevereiro, durante uma reunião de agricultores em Beja, José da Luz, presidente da Associação de Agricultores do Campo Branco, que engloba os concelhos de Almodôvar, Aljustrel, Ourique e Castro Verde, disse que a situação nos campos da região «tem vindo a complicar-se» devido à seca.

Num ano em que «se semeou muito mais do que em qualquer outro» e devido à falta de chuva, «as primeiras sementeiras» da região «estão com grandes problemas» e as pastagens, necessárias para alimentar o gado, «praticamente não existem», frisou.

«Se não chover» em breve, poderá começar a ouvir-se o «tocar a finados» (anúncio da morte) nos campos da região do Campo Branco, alertou na altura José da Luz.


Lusa/SOL
 
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