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Prémio Pritzker para Wang Shu estimula arquitectos ocidentais na China

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Prémio Pritzker para Wang Shu estimula arquitectos ocidentais na China

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A inédita atribuição do Prémio Pritzker 2012 ao arquitecto chinês Wang Shu, anunciada na terça-feira, é «um estímulo» para as centenas de jovens criadores ocidentais estabelecidos na China, disseram hoje profissionais do sector.

«É um grande impulso para todos os arquitectos e mostra que a China também produz coisas fantásticas», afirmou Jan Félix Clostermann, director do ateliê britânico Sparch em Pequim.

Considerado «o Nobel da arquitectura», o Premio Pritzker já distinguiu, entre outros, Álvaro Siza Vieira (1992), Eduardo Souto Moura (2011), Óscar Niemeyer (1988) e o sino-americano I.M. Pei (1983), autor da famosa pirâmide do Louvre, em Paris.

Wang Shu, 49 anos, radicado em Hangzhou, é o primeiro arquitecto da República Popular da China a receber o prémio.

«Foi uma boa surpresa. Conheço vários arquitectos chineses que se sentem influenciados pelo trabalho de Wang Shu», disse Nuno Lobo, que trabalha há cinco anos num ateliê chinês em Pequim.

Na opinião daquele arquitecto português, a atribuição do Pritzker a Wang Shu «vai estimular a qualidade da arquitectura que se faz na China».

«A quantidade continua a prevalecer sobre a qualidade, mas, até por uma questão de competitividade, a criatividade começa a ter um papel cada vez mais importante», afirmou Nuno Lobo.

Nuno Batista, sócio-gerente do único ateliê português de arquitectura estabelecido em Pequim, diz que «as pessoas, no Ocidente, vão agora reparar que a China não é só construção rápida, barata e mal executada, e os próprios chineses vão começar a apostar mais na qualidade».

«O prémio é uma boa notícia para a arquitectura chinesa e um bom tónico também para nós», acrescentou o responsável da ‘Saraiva & Associados’ em Pequim.

Segundo Jan Félix Clostermann, do ponto de vista da arquitectura e da presença de técnicos ocidentais, «Pequim já é bastante internacional», mas após a atribuição do prémio Pritzker a Wang Shu «irá falar-se mais em ‘criado na China' do que em ‘feito na China'».

O prémio, instituído em 1979 nos Estados Unidos, será entregue em Pequim no dia 25 de Maio.

«Como qualquer grande arquitecto, Wang Shu criou uma arquitectura intemporal, profundamente enraizada no seu contexto e conteúdo universal», disse o presidente do júri, Lord Palumbo, citado pela agência noticiosa oficial chinesa.


Lusa/SOL
 
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