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Merkel disposta aumentar futuro mecanismo de estabilidade
A chanceler alemã, Angela Merkel, está disposta a admitir o aumento do volume do futuro Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para além de 500 mil milhões de euros, abandonando a sua recusa anterior, noticia hoje a imprensa alemã.
Trata-se de aumentar o volume do MEE dos 500 mil milhões de euros previstos para 750 mil milhões de euros, através do aproveitamento das verbas que restam do actual fundo de resgate europeu (FEEF), noticia o matutino Sueddetusche Zeitung, citando fontes governamentais.
Para tornar isso possível, o FEEF deveria manter-se por mais um ano, em vez de ser extinto, quando o MEE entrar em vigor, em Julho, como está previsto.
Pressionada por numerosos parceiros europeus, pelos membros do G-20 e pelo FMI, que consideram importante aumentar o MEE para que este tenha um efeito dissuasor mais forte sobre os mercados de capitais, e evite efeitos de contágio a grandes economias da zona euro, Merkel já deu sinais de que irá ceder, garante o jornal de Munique.
Horst Seehofer, presidente da União Social-Cristã (CSU) da Baviera, um dos partidos do governo federal, admitiu publicamente, na quarta-feira, que a coligação de centro-direita «terá de se ocupar com o aumento» do MEE.
Segundo o Sueddeutsche Zeitung, Seehofer afirmou, em reunião com deputados da CSU, que tanto Merkel como o ministro das finanças, Wolfgang Schaeuble, já lhe tinham dito que o Governo terá de ceder nesta matéria.
A mudança de posição do Governo obrigará a CSU a realizar um congresso extraordinário para aprovar o reforço do MEE, como está previsto no seu programa.
Até agora, Berlim tem recusado aumentar o volume do MEE, o que levou mesmo ao adiamento da cimeira da Zona Euro, marcada para sexta-feira, em Bruxelas, para discutir esta questão.
A decisão ficou a dever-se, sobretudo, ao facto de Berlim pretender aguardar o acordo entre a Grécia e os credores privados para um perdão parcial da dívida helénica, que deverá traduzir-se num corte de mais de 50 por cento do valor das obrigações que possuem.
Esta operação deverá estar concluída até 10 de Março e a Alemanha espera que se atinja a meta de 100 mil milhões de euros de corte na dívida prevista no pacote de ajudas à Grécia, o que poderia contribuir para acalmar os mercados de capitais e fazer baixar os juros da dívida soberana de países como Portugal, Espanha e Itália.
Lusa/SOL
A chanceler alemã, Angela Merkel, está disposta a admitir o aumento do volume do futuro Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para além de 500 mil milhões de euros, abandonando a sua recusa anterior, noticia hoje a imprensa alemã.
Trata-se de aumentar o volume do MEE dos 500 mil milhões de euros previstos para 750 mil milhões de euros, através do aproveitamento das verbas que restam do actual fundo de resgate europeu (FEEF), noticia o matutino Sueddetusche Zeitung, citando fontes governamentais.
Para tornar isso possível, o FEEF deveria manter-se por mais um ano, em vez de ser extinto, quando o MEE entrar em vigor, em Julho, como está previsto.
Pressionada por numerosos parceiros europeus, pelos membros do G-20 e pelo FMI, que consideram importante aumentar o MEE para que este tenha um efeito dissuasor mais forte sobre os mercados de capitais, e evite efeitos de contágio a grandes economias da zona euro, Merkel já deu sinais de que irá ceder, garante o jornal de Munique.
Horst Seehofer, presidente da União Social-Cristã (CSU) da Baviera, um dos partidos do governo federal, admitiu publicamente, na quarta-feira, que a coligação de centro-direita «terá de se ocupar com o aumento» do MEE.
Segundo o Sueddeutsche Zeitung, Seehofer afirmou, em reunião com deputados da CSU, que tanto Merkel como o ministro das finanças, Wolfgang Schaeuble, já lhe tinham dito que o Governo terá de ceder nesta matéria.
A mudança de posição do Governo obrigará a CSU a realizar um congresso extraordinário para aprovar o reforço do MEE, como está previsto no seu programa.
Até agora, Berlim tem recusado aumentar o volume do MEE, o que levou mesmo ao adiamento da cimeira da Zona Euro, marcada para sexta-feira, em Bruxelas, para discutir esta questão.
A decisão ficou a dever-se, sobretudo, ao facto de Berlim pretender aguardar o acordo entre a Grécia e os credores privados para um perdão parcial da dívida helénica, que deverá traduzir-se num corte de mais de 50 por cento do valor das obrigações que possuem.
Esta operação deverá estar concluída até 10 de Março e a Alemanha espera que se atinja a meta de 100 mil milhões de euros de corte na dívida prevista no pacote de ajudas à Grécia, o que poderia contribuir para acalmar os mercados de capitais e fazer baixar os juros da dívida soberana de países como Portugal, Espanha e Itália.
Lusa/SOL