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Passageiros do Costa Allegra ganham férias extra

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Passageiros do Costa Allegra ganham férias extra

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O navio de cruzeiros Costa Allegra desembarcou na madrugada desta quinta-feira no porto de Vitória, nas Seychelles.

Depois de três dias disfuncional no oceano Índico, sem energia eléctrica, ar condicionado nem água corrente, os cerca de mil passageiros recebidos com aplausos em terra vão agora poder desfrutar de uma oferta da companhia Costa Cruzeiros de 15 dias de férias num resort nas ilhas paradisíacas das Seychelles.

Apesar de não haver registo de feridos, a Cruz Vermelha das Seychelles montou tendas de assistência médica para os passageiros que hoje chegaram ao porto de Vitória, cansados e desidratados.

O navio da companhia Costa Cruzeiros – a mesma do Costa Concordia, que adernou em Itália em Janeiro – ficou à deriva depois de um incêndio que deflagrou na sala das máquinas na passada segunda-feira.

Apesar de rapidamente extinto, o soar do alarme foi o suficiente para lançar o pânico entre alguns passageiros, que receberam instruções para vestir os coletes salva-vidas e para se reunirem no convés.

Barcos salva-vidas foram, inclusivamente, colocados a postos, mas ninguém subiu a bordo depois de o incêndio ter ficado controlado, contam os passageiros. As causas do incêndio permanecem desconhecidas.

Três dias difíceis para 15 dias de luxo

Com a situação controlada, a permanência num navio sem energia eléctrica durante três dias não foi, no entanto, fácil.

«As casas de banho não estavam a funcionar, não havia electricidade e estava um calor horrível…», conta Eleanor Bradwell, uma passageira norte-americana que adianta que comeu sanduíches frias durante três dias e que teve de mudar a sua cama para o convés para fugir ao calor sufocante que persistia no interior do navio.

«Podia ter sido pior do que foi na realidade…», diz Gordon Bradwell agora com os pés em terra firme.

«Podia ter sido desastroso, mas agora estamos aqui, estamos vivos», continua o passageiro, que caracteriza a acção da tripulação de «desorganizada», no início, mas eficaz nos instantes que se seguiram ao pânico.

Terminado o pesadelo, o desejo que reina junto do aglomerado de passageiros exaustos, com uma média de idades a rondar os 55 anos, é o de um banho e uma boa refeição quente.

Desejo esse que será satisfeito dentro de horas para os 375 passageiros que aceitaram a oferta da companhia de cruzeiros de passar 15 dias de férias naquelas ilhas.

Uma operação de reboque demorada

O incidente ocorreu num «local bastante isolado. Por isso demorou mais tempo do que seria de prever para chegar ao porto», explica o Alto-Comissário britânico Mathew Forbes, os três dias para o desembarque.

Mas as justificações vão mais longe.

Ontem um oficial das Seychelles apontou algumas culpas ao afirmar que a viagem demorou mais tempo porque a traineira francesa que rebocou o navio terá recusado o apoio de dois rebocadores mais rápidos enviados pelas autoridades das Seychelles.

Acontece que, apesar de a assistência às pessoas no mar seja livre, a assistência a navios é muitas vezes paga.


AP/SOL
 
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