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Villas-Boas entre a irreverência e a inconsequência

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Villas-Boas entre a irreverência e a inconsequência


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André Villas-Boas abandonou este domingo o cargo de técnico Chelsea sem que tivesse conseguido impôr as ideias de jogo nem a filosofia própria.

O jovem treinador português chegou a Stamford Bridge em junho com o intuito de substituir Carlo Ancelotti e fazer rejuvenescer o plantel, "ganhando com estilo" como o próprio viria a dizer, mas deparou-se com vários egos no balneário que lhe negaram qualquer margem de manobra.

Recordem-se os episódios com Alex e Anelka, que recusaram acatar ordens de AVB e acabaram por ser transferidos ainda mesmo no mercado de inverno, para PSG e Shanghai Shenhua respetivamente.

Outros ficaram no clube mas foram uma "batata quente" que o antigo técnico do FC Porto não conseguiu ter entre mãos.

Ashley Cole criticou abertamente as opções táticas do português e contou com o apoio de outros "pesos pesados" como Lampard ou Essien.

Fernando Torres teimou em não marcar ainda que o treinador, de 34 anos, pedisse tempo ao espanhol.

As oportunidades sucediam-se para "El Niño" mas "o menino", de 27 anos, continua a atravessar o deserto. Torres não marca desde outubro.

Numa fase em que a época já era dada como perdida, Villas-Boas confessava que não precisava do apoio do plantel desde que tivesse o apoio do proprietário do clube, Roman Abramovich.

O milionário russo chegou a contratar psicológos para inverter a situação negativa no clube mas a saída do treinador acabaria por ser o remédio para o mal blue.

Aos problemas de comunicação juntaram-se os fracos resultados desportivos.

O futebol nunca convenceu os adeptos de Stamford Bridge e o precoce afastamento dos lugares cimeiros da Premier League fizeram aumentar a contestação.

Os fãs dos blues chegaram a cantar o nome de Mourinho no seu próprio terreno quando as coisas não corriam bem no terreno de jogo.

O que é certo é que Mourinho acabou por aparecer em Londres... mas não para substituir AVB.

Apenas porque "precisava" segundo revelou o próprio "Special One".

O treinador mais caro de sempre do futebol mundial - 15 milhões de euros - sai de cena com um negro histórico de 19 vitórias, 11 empates e 10 derrotas em 40 jogos disputados, apenas 47,5 por cento de triunfos.

Villas-Boas deixa o Chelsea após uma derrota com o WBA (1-0), a sétima no campeonato, com os blues a quedarem-se pelo quinto posto e com a presença na Liga dos Campeões em risco para a próxima temporada.

Na liga milionária, os londrinos irão defrontar o Nápoles em casa, depois de na 1.ª mão terem perdido em Itália por 3-1.

A Taça de Inglaterra poderá ser o único título dos blues esta temporada, mas estes terão de ir a Birmingham vencer depois de em casa terem cedido um empate a um golo.

Entre clássicos e dérbis, Villas-Boas também não foi feliz.

Contabilizando os jogos para a Premier League, o técnico português só conseguiu vencer o Manchester City (2-1) amealhando inúmeras frustrações.

As derrotas por 5-3 com o Arsenal, por 2-0 com o Liverpool, por 3-1 com o Manchester United e o facto de ser ter deixado empatar, em casa com os red devils, depois de ter estado a vencer por 3-0, encheu um balão de frustração que acabou por vir a rebentar ainda antes do final da temporada.


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