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700 utentes aguardam entrada no serviço dos cuidados continuados
Perto de 700 utentes aguardavam, em Dezembro de 2011, a entrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados, menos 32 por cento comparativamente a igual período de 2010, concentrando-se a maioria (52%) na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT).
Segundo o relatório da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), a que a Agência Lusa teve acesso, a 31 de Dezembro de 2011 existiam 691 utentes em espera, ano em que deram entrada 30.103 doentes.
A região de LVT tem a menor cobertura populacional em todas as tipologias, excepto em Unidades de Cuidados Paliativos (UCP), apresentando também, no entanto, o maior número de utentes (82%) a aguardar vaga para esta tipologia.
O tempo de avaliação de um doente para a rede pelas equipas de coordenação local (ECL), que deveria ser no máximo de três dias, só é cumprido, a nível nacional, em 40% dos casos, encontrando-se os piores tempos na região de Lisboa e Vale do Tejo.
«O facto de as ECL terem outras funções para além das atribuídas à RNCCI, poderá contribuir para estes tempos», explica o documento, apontando a necessidade de encontrar «soluções mais adequadas» para melhorar estes tempos.
Em relação ao tempo de identificação de vaga pelas equipas de coordenação regional, a região Norte é a que apresenta melhores resultados, excepto o Algarve em Unidades de Cuidados Paliativos.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a que apresenta piores tempos para identificação de vaga na Rede: 12 dias para convalescença, 57 dias para UCP, 29 dias para Unidades de Média Duração e Reabilitação e 54 dias em Unidades de Longa Duração e Manutenção.
Em declarações à Lusa, a coordenadora nacional da RNCCI afirmou que se está a «referenciar cada vez mais, mas nalguns casos está a referenciar-se muito tarde».
Inês Guerreiro adiantou que o «conceito de alta ainda é um conceito muito médico que se impõe logo que é resolvido o episódio agudo», defendendo que o «doente que não tem uma rede social de apoio ou cuidados familiares deve ser antecipadamente referenciado para o reabilitar, potenciar a recuperação e motivar para a sua reinserção na vida do dia a dia».
O motivo principal (90%, igual a 2010) para a referenciação de utentes é a dependência para a realização das actividades diárias, seguido do ensino ao utente/cuidador informal (61%), o que evidencia a “necessidade premente de reabilitação».«
Os utentes com mais de 65 anos atingiram o valor mais elevado de sempre em 2011: 85,4% (a média era próxima dos 80%), enquanto 39% tinham mais de 80 anos.
Foram mais mulheres (54%) do que homens (46%) que integraram a Rede.
Em 2008, 13% dos que ingressaram na Rede viviam sós, número que subiu para 21,7% em 2010 e desceu ligeiramente em 2011 (21%).
Estes dados evidenciam «o papel da RNCCI nas respostas a situações de isolamento que simultaneamente têm necessidades de cuidados de saúde e de apoio social».
Mais de metade dos utentes já recebiam, por motivos de saúde e dependência, apoios sociais, o que permite concluir que se está a «lidar com uma população muito vulnerável e carenciada».
O número de utentes assistidos cresceu de 25.990, em 2010, para 32.713, em 2011 (26%), refere o documento, acrescentando que 70% tiveram alta e 18% foram para respostas sociais.
Morreram 3.192 pessoas, que representam 9,8% (12% em 2010) dos utentes assistidos e 13% (19% em 2010) do total de utentes saídos, mostrando uma tendência de diminuição.
Lusa/SOL
Perto de 700 utentes aguardavam, em Dezembro de 2011, a entrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados, menos 32 por cento comparativamente a igual período de 2010, concentrando-se a maioria (52%) na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT).
Segundo o relatório da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), a que a Agência Lusa teve acesso, a 31 de Dezembro de 2011 existiam 691 utentes em espera, ano em que deram entrada 30.103 doentes.
A região de LVT tem a menor cobertura populacional em todas as tipologias, excepto em Unidades de Cuidados Paliativos (UCP), apresentando também, no entanto, o maior número de utentes (82%) a aguardar vaga para esta tipologia.
O tempo de avaliação de um doente para a rede pelas equipas de coordenação local (ECL), que deveria ser no máximo de três dias, só é cumprido, a nível nacional, em 40% dos casos, encontrando-se os piores tempos na região de Lisboa e Vale do Tejo.
«O facto de as ECL terem outras funções para além das atribuídas à RNCCI, poderá contribuir para estes tempos», explica o documento, apontando a necessidade de encontrar «soluções mais adequadas» para melhorar estes tempos.
Em relação ao tempo de identificação de vaga pelas equipas de coordenação regional, a região Norte é a que apresenta melhores resultados, excepto o Algarve em Unidades de Cuidados Paliativos.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a que apresenta piores tempos para identificação de vaga na Rede: 12 dias para convalescença, 57 dias para UCP, 29 dias para Unidades de Média Duração e Reabilitação e 54 dias em Unidades de Longa Duração e Manutenção.
Em declarações à Lusa, a coordenadora nacional da RNCCI afirmou que se está a «referenciar cada vez mais, mas nalguns casos está a referenciar-se muito tarde».
Inês Guerreiro adiantou que o «conceito de alta ainda é um conceito muito médico que se impõe logo que é resolvido o episódio agudo», defendendo que o «doente que não tem uma rede social de apoio ou cuidados familiares deve ser antecipadamente referenciado para o reabilitar, potenciar a recuperação e motivar para a sua reinserção na vida do dia a dia».
O motivo principal (90%, igual a 2010) para a referenciação de utentes é a dependência para a realização das actividades diárias, seguido do ensino ao utente/cuidador informal (61%), o que evidencia a “necessidade premente de reabilitação».«
Os utentes com mais de 65 anos atingiram o valor mais elevado de sempre em 2011: 85,4% (a média era próxima dos 80%), enquanto 39% tinham mais de 80 anos.
Foram mais mulheres (54%) do que homens (46%) que integraram a Rede.
Em 2008, 13% dos que ingressaram na Rede viviam sós, número que subiu para 21,7% em 2010 e desceu ligeiramente em 2011 (21%).
Estes dados evidenciam «o papel da RNCCI nas respostas a situações de isolamento que simultaneamente têm necessidades de cuidados de saúde e de apoio social».
Mais de metade dos utentes já recebiam, por motivos de saúde e dependência, apoios sociais, o que permite concluir que se está a «lidar com uma população muito vulnerável e carenciada».
O número de utentes assistidos cresceu de 25.990, em 2010, para 32.713, em 2011 (26%), refere o documento, acrescentando que 70% tiveram alta e 18% foram para respostas sociais.
Morreram 3.192 pessoas, que representam 9,8% (12% em 2010) dos utentes assistidos e 13% (19% em 2010) do total de utentes saídos, mostrando uma tendência de diminuição.
Lusa/SOL