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Vitória acusa Sporting de querer transformar «agressor cobarde em vítima»

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Nov 18, 2007
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Por Rui Miguel Melo


O Conselho de Administração da sociedade desportiva do Vitória reagiu, através de comunicado, às acusações do Sporting feitas a Miguelito por alegados insultos racistas ao peruano André Carrillo, no jogo que opôs as duas equipas, sábado, no Bonfim.

OS sadinos começam por estranhar que só três dias após o desafio tenham os leões denunciado uma situação que, a ter acontecido, deveria merecer reação imediata do visado, o que não aconteceu.

Garante o Vitória que Miguelito, embora transtornado, está de consciência tranquila perante afirmações «difamantes», assegurando que defenderá o seu jogador até às últimas instâncias para reparar a «sua honra e imagem ora ofendidas»

«O Vitória, seguro da inocência do jogador, defendê-lo-á, se assim for o caso, junto das instâncias desportivas e colocará à disposição do mesmo os meios necessários caso este entenda obter reparação da ofensa à sua honra e imagem ora ofendidas», afirmam os sadinos no documento.


O Vitória desconfia «de mau perder» do Sporting e inclina-se «para manobras de diversão que têm como único intuito o desviar das atenções daquilo que efetivamente se passou dentro do campo, onde o Vitória se limitou a ser melhor que o adversário e a ganhar o jogo, parecendo até que isso é proibido tal o rebuscado da posição agora assumida».


E o clube setubalense acusa o Sporting de querer agora transformar «o agressor cobarde» em vítima.

«É inacreditável que numa situação em que Miguelito é esmurrado na face por Carrillo, que viu o cartão vermelho, o Sporting queira agora vir inverter a realidade dos factos e transformar o seu jogador de agressor cobarde em vítima, numa mera tentativa de desculpabilização que ignora os princípios da honestidade e verdade desportiva», lê-se no documento.

A Administração estranha também que as acusações de alegado racismo surjam numa altura em que o clube encetou uma parceria com os angolanos do Kabuscorp.

«O Vitória Futebol Clube não aceita lições de bons costumes e probidade de ninguém e muito menos acusações de racismo a qualquer seu elemento, ainda por cima num momento em que o clube iniciou uma cooperação desportiva com Angola, alicerçada precisamente na igualdade e respeito mútuo, não admitindo qualquer intromissão suscetível de a afetar», sublinha o comunicado.

Lamentam, por fim, os sadinos que «quem se arroga paladino dos bons costumes e defensor de nobres causas» não peça desculpa pelo comportamento das claques «autoras de cânticos infames durante o jogo, destruição massiva de centenas de cadeiras e arremesso das mesmas quer para dentro do campo quer para o seu exterior, causando até um ferido grave que se encontra aindan hospitalizado e em estado de coma».

Leia o comunicado do Vitória Futebol Clube na íntegra:


1 — Foi hoje tornada pública através de diversos órgãos de comunicação social a participação disciplinar intentada pelo Sporting CP junto do organismo competente para o efeito contra Miguelito, jogador do Vitória Futebol Clube, acusando-o de ter proferido insultos racistas dirigidos a André Carrillo.

2 — Após o jogo compareceu no flash interview um jogador e o técnico do Sporting, na conferência de imprensa esteve presente o Diretor de Comunicação e o treinador, na denominada zona mista foram ouvidos jogadores e nos dias seguintes surgiram reproduzidas na imprensa declarações de vários atletas do clube lisboeta. Nada disseram sobre a alegada conduta do jogador do Vitória. Causa pois enorme estranheza e perplexidade que só decorridos três dias venha o Sporting queixar-se quanto à gravidade dos factos que, a serem verdade, impunham uma reação espontânea e imediata por parte de quem direta ou indiretamente se sentira visado, o que não aconteceu.

3 — Miguelito está de consciência tranquila – o que é próprio de quem se encontra inocente e com a convicção de que a verdade prevalecerá sobre tais afirmações difamantes. Todavia, encontra-se transtornado por ver colocada em causa a sua honra e idoneidade enquanto Homem e profissional, que lhe advêm de ser possuidor de um longo percurso reconhecidamente exemplar e incólume no futebol português.

4 — Quanto à posição do Sporting desconfiamos de mau perder e inclinamo-nos para manobras de diversão que têm como único intuito o desviar das atenções daquilo que efetivamente se passou dentro do campo, onde o Vitória se limitou a ser melhor que o adversário e a ganhar o jogo, parecendo até que isso é proibido tal o rebuscado da posição agora assumida.

5 — É inacreditável que numa situação em que Miguelito é esmurrado na face por Carrillo (que viu o cartão vermelho) o Sporting queira agora vir inverter a realidade dos factos e transformar o seu jogador de agressor cobarde em vítima, numa mera tentativa de desculpabilização que ignora os princípios da honestidade e verdade desportiva.

6 — Choca que quem se arroga paladino dos bons costumes e defensor de nobres causas não tenha tido um mero pedido de desculpas ao Vitória e aos Vitorianos perante o deplorável comportamento (infelizmente habitual nos últimos tempos) das suas claques, autoras de cânticos infames durante o jogo, destruição massiva de centenas de cadeiras e arremesso das mesmas quer para dentro do campo quer para o seu exterior, causando até um ferido grave que se encontra ainda hospitalizado e em estado de coma. Mais grave ainda que tais situações tenham sido presenciadas pelos Dirigentes do clube, mudos quanto a violência própria mas tão lestos em acusar, infundadamente, terceiros.

7 — O Vitória Futebol Clube não aceita lições de bons costumes e probidade de ninguém e muito menos acusações de racismo a qualquer seu elemento, ainda por cima num momento em que o Clube iniciou uma cooperação desportiva com Angola, alicerçada precisamente na igualdade e respeito mútuo, não admitindo qualquer intromissão suscetível de a afetar.

8 — O Vitória, seguro da inocência do jogador, defendê-lo-á, se assim for o caso, junto das instâncias desportivas e colocará à disposição do mesmo os meios necessários caso este entenda obter reparação da ofensa à sua honra e imagem ora ofendidas.

A Administração
 
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