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Culpado de fraude arrisca prisão perpétua
Um júri norte-americano considerou na terça-feira o financeiro Allen Stanford culpado de ter organizado uma fraude superior a sete mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros), noticia a AFP.
Stanford declarou-se não culpado de ter defraudado 30 mil investidores de mais de cem países, através de investimentos fictícios com o Stanford International Bank.
Os jurados consideraram-no culpado de 13 das 14 acusações de fraude, conspiração, lavagem de dinheiro e obstrução à justiça, cada uma susceptível de motivar sentenças superiores a 20 anos de cadeia.
Stanford, 61 anos, passou os últimos três anos na prisão.
Depois de ter ficado muito maltratado durante uma agressão na prisão, o flamejante texano foi declarado temporariamente incapaz de ser julgado, depois de se ter tornado dependente de analgésicos e anti-depressivos.
Tentou conseguir a anulação do caso, depois de reclamar que a agressão e as drogas destruíram a sua memória, mas um juiz recusou acreditar nele.
Os advogados de defesa procuraram desviar as culpas para o antigo director financeiro, James Davis, a quem acusaram de ter organizado toda a fraude, com Stanford descrito como alguém que colocou toda a confiança no seu antigo colega de universidade e de quarto.
Insistiram ainda que o essencial do dinheiro dos investidores tinha sido perdido devido a má gestão pelos responsáveis indicados pelo tribunal depois de o governo norte-americano ter confiscado o banco.
Os procuradores escarneceram a hipótese e disseram que Stanford financiou o seu sumptuoso estilo de vida com o desvio de dois mil milhões de dólares em depósitos de investidores, a quem distribuiu certificados falsos de depósitos, prometendo retornos elevados, baseados em investimentos seguros.
Os investigadores não conseguiram encontrar 92 por cento dos oito mil milhões de dólares que o banco garantia ter em activos e liquidez.
Como cidadão norte-americano e de Antigua e Barbuda, nas Caraíbas, Stanford era conhecido pela grande generosidade, especialmente nas duas ilhas paradisíacas.
Nas Índias Ocidentais criou um torneio de críquete, o Stanford 20/20, que em 2008 teve uma audiência televisiva de 300 milhões de pessoas.
Com uma fortuna de 22,2 mil milhões de dólares, Stanford foi classificado pela revista Forbes Magazine como a 605.ª pessoa mais rica do mundo, em 2006.
Depois de muitos dos seus fundos terem sido congelados pelos tribunais, Stanford foi forçado a aceitar advogados oficiosos.
Stanford começou a perder força e orgulho quando atraiu as atenções dos reguladores financeiros dos Estados Unidos e foi acusado de fraude, em Fevereiro de 2009, pela reguladora do mercado de capitais (SEC, na sigla em Inglês), e detido depois na casa da sua namorada, no Estado da Virgínia.
Em Antigua, Stanford era o maior empregador da ilha e tinha sido distinguido com um título de cavaleiro, em 2006, mas depois das acusações terem aparecido muitos dos seus admiradores e apoiantes desapareceram e a Comissão de Críquete da Inglaterra e do País de Gales cortou relações com ele.
Lusa/SOL
Um júri norte-americano considerou na terça-feira o financeiro Allen Stanford culpado de ter organizado uma fraude superior a sete mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros), noticia a AFP.
Stanford declarou-se não culpado de ter defraudado 30 mil investidores de mais de cem países, através de investimentos fictícios com o Stanford International Bank.
Os jurados consideraram-no culpado de 13 das 14 acusações de fraude, conspiração, lavagem de dinheiro e obstrução à justiça, cada uma susceptível de motivar sentenças superiores a 20 anos de cadeia.
Stanford, 61 anos, passou os últimos três anos na prisão.
Depois de ter ficado muito maltratado durante uma agressão na prisão, o flamejante texano foi declarado temporariamente incapaz de ser julgado, depois de se ter tornado dependente de analgésicos e anti-depressivos.
Tentou conseguir a anulação do caso, depois de reclamar que a agressão e as drogas destruíram a sua memória, mas um juiz recusou acreditar nele.
Os advogados de defesa procuraram desviar as culpas para o antigo director financeiro, James Davis, a quem acusaram de ter organizado toda a fraude, com Stanford descrito como alguém que colocou toda a confiança no seu antigo colega de universidade e de quarto.
Insistiram ainda que o essencial do dinheiro dos investidores tinha sido perdido devido a má gestão pelos responsáveis indicados pelo tribunal depois de o governo norte-americano ter confiscado o banco.
Os procuradores escarneceram a hipótese e disseram que Stanford financiou o seu sumptuoso estilo de vida com o desvio de dois mil milhões de dólares em depósitos de investidores, a quem distribuiu certificados falsos de depósitos, prometendo retornos elevados, baseados em investimentos seguros.
Os investigadores não conseguiram encontrar 92 por cento dos oito mil milhões de dólares que o banco garantia ter em activos e liquidez.
Como cidadão norte-americano e de Antigua e Barbuda, nas Caraíbas, Stanford era conhecido pela grande generosidade, especialmente nas duas ilhas paradisíacas.
Nas Índias Ocidentais criou um torneio de críquete, o Stanford 20/20, que em 2008 teve uma audiência televisiva de 300 milhões de pessoas.
Com uma fortuna de 22,2 mil milhões de dólares, Stanford foi classificado pela revista Forbes Magazine como a 605.ª pessoa mais rica do mundo, em 2006.
Depois de muitos dos seus fundos terem sido congelados pelos tribunais, Stanford foi forçado a aceitar advogados oficiosos.
Stanford começou a perder força e orgulho quando atraiu as atenções dos reguladores financeiros dos Estados Unidos e foi acusado de fraude, em Fevereiro de 2009, pela reguladora do mercado de capitais (SEC, na sigla em Inglês), e detido depois na casa da sua namorada, no Estado da Virgínia.
Em Antigua, Stanford era o maior empregador da ilha e tinha sido distinguido com um título de cavaleiro, em 2006, mas depois das acusações terem aparecido muitos dos seus admiradores e apoiantes desapareceram e a Comissão de Críquete da Inglaterra e do País de Gales cortou relações com ele.
Lusa/SOL