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Sarkozy diz que França tem 'demasiados estrangeiros'
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, falou sobre a entrada de imigrantes em França num debate televisivo, emitido na passada terça-feira, e mostrou um claro endurecimento da sua posição face à temática quando afirmou que era necessário reduzir o número de estrangeiros a dar entrada no país.
«Há demasiados estrangeiros no nosso território», declarou o presidente, acrescentando depois a sua vontade de «reduzir para metade» o número de pessoas que a França acolhe todos os anos.
Ou seja, passar de cerca de 180 mil para 100 mil o número de entradas anuais, num período limite de cinco anos, diz o Le Monde.
Ao fazer tal anúncio, Sarkozy vai mais longe do que os valores já previstos para a imigração, anunciados em Janeiro pelo ministro do interior, que estipulavam um número máximo de entradas de 150 mil. O que significa que o chefe de estado propôs, ontem, cortar mais 50 mil do que o previsto.
Uma motivação que, segundo Sarkozy, se deve a um «sistema de integração [que] funciona cada vez pior» e a uma crescente dificuldade de «encontrar alojamento, emprego e uma escola» para todos os imigrantes.
Segundo o diário francês Le Monde, o objectivo radical fixado por Nicolas Sarkozy é, em grande parte, inviável, já que o número de entradas de população estrangeira por ano ultrapassa em regra os 180 mil legalmente estipulados. Em 2010, o número chegou aos 199 715 e no ano anterior era de 198 070.
O controlo da imigração é tendencialmente difícil porque a grande maioria trata-se de emigração do tipo familiar, onde uma restrição pode pôr em causa todas as convenções internacionais que protegem o direito à vida em família.
Só a imigração dita 'de trabalho' pode ser relativamente controlável, com a crise económica a reduzir em certa parte a atractividade de França aos potenciais emigrantes.
Todavia, a emigração deste tipo não chega a atingir os 10 por cento das entradas habituais de população estrangeira em território francês, o que torna fortemente inviável a posição rígida de Sarkozy face à restrição à imigração.
SOL
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, falou sobre a entrada de imigrantes em França num debate televisivo, emitido na passada terça-feira, e mostrou um claro endurecimento da sua posição face à temática quando afirmou que era necessário reduzir o número de estrangeiros a dar entrada no país.
«Há demasiados estrangeiros no nosso território», declarou o presidente, acrescentando depois a sua vontade de «reduzir para metade» o número de pessoas que a França acolhe todos os anos.
Ou seja, passar de cerca de 180 mil para 100 mil o número de entradas anuais, num período limite de cinco anos, diz o Le Monde.
Ao fazer tal anúncio, Sarkozy vai mais longe do que os valores já previstos para a imigração, anunciados em Janeiro pelo ministro do interior, que estipulavam um número máximo de entradas de 150 mil. O que significa que o chefe de estado propôs, ontem, cortar mais 50 mil do que o previsto.
Uma motivação que, segundo Sarkozy, se deve a um «sistema de integração [que] funciona cada vez pior» e a uma crescente dificuldade de «encontrar alojamento, emprego e uma escola» para todos os imigrantes.
Segundo o diário francês Le Monde, o objectivo radical fixado por Nicolas Sarkozy é, em grande parte, inviável, já que o número de entradas de população estrangeira por ano ultrapassa em regra os 180 mil legalmente estipulados. Em 2010, o número chegou aos 199 715 e no ano anterior era de 198 070.
O controlo da imigração é tendencialmente difícil porque a grande maioria trata-se de emigração do tipo familiar, onde uma restrição pode pôr em causa todas as convenções internacionais que protegem o direito à vida em família.
Só a imigração dita 'de trabalho' pode ser relativamente controlável, com a crise económica a reduzir em certa parte a atractividade de França aos potenciais emigrantes.
Todavia, a emigração deste tipo não chega a atingir os 10 por cento das entradas habituais de população estrangeira em território francês, o que torna fortemente inviável a posição rígida de Sarkozy face à restrição à imigração.
SOL