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Pedro e Smith em silêncio até ao fim do julgamento
Os dois arguidos do caso Freeport, Manuel Pedro e Charles Smith, remeteram-se ao silêncio no arranque da primeira sessão do julgamento, declarando apenas que só prestarão declarações no final do julgamento.
Na primeira sessão do julgamento do caso que envolve o licenciamento do 'outlet' de Alcochete, que decorre no Tribunal do Barreiro, Manuel Pedro apresentou-se como consultor e Charles Smith como engenheiro civil e, antes de lhes ser perguntado se queriam prestar declarações, o presidente do colectivo, Afonso Andrade, leu a acusação.
Já havia um requerimento da advogada dos arguidos no sentido de apenas serem prestadas declarações no final do julgamento.
Os arguidos também recusaram prestar quaisquer declarações à entrada do Tribunal do Barreiro, onde chegaram às 09h40, acompanhados da sua advogada, Paula Lourenço.
Antes dos dois arguidos chegou o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, que será ouvido como testemunha da acusação e que, em declarações aos jornalistas, voltou a recordar que a discordância forte por parte dos ambientalistas sempre foi com «a decisão política que levou à aprovação do empreendimento».
«Sempre achei [relativamente ao licenciamento do Freeport] que era um processo muito estranho. Numa zona como aquela um empreendimento daqueles não podia acontecer», acrescentou.
O processo Freeport teve na sua origem suspeitas de corrupção e tráfico de influências na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo e licenciamento do espaço comercial em Alcochete quando era ministro do Ambiente José Sócrates, que veio mais tarde a ser primeiro-ministro.
José Sócrates não chegou a ser ouvido na investigação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), mas os procuradores Paes Faria e Vítor Magalhães deixaram registado no despacho de conclusão do inquérito o rol de perguntas que pretendiam fazer ao então primeiro-ministro, o que suscitou polémica.
Durante a investigação do caso Freeport foram constituídos e interrogados sete arguidos, admitidos cinco assistentes, inquiridas 80 testemunhas e emitidas sete cartas rogatórias.
Além de Charles Smith e Manuel Pedro, foram arguidos em fase de inquérito João Cabral, funcionário da empresa Smith&Pedro, o arquitecto Capinha Lopes, o antigo presidente do Instituto de Conservação da Natureza Carlos Guerra e o então vice-presidente deste organismo José Manuel Marques e o ex-autarca de Alcochete José Dias Inocêncio.
Lusa/SOL
Os dois arguidos do caso Freeport, Manuel Pedro e Charles Smith, remeteram-se ao silêncio no arranque da primeira sessão do julgamento, declarando apenas que só prestarão declarações no final do julgamento.
Na primeira sessão do julgamento do caso que envolve o licenciamento do 'outlet' de Alcochete, que decorre no Tribunal do Barreiro, Manuel Pedro apresentou-se como consultor e Charles Smith como engenheiro civil e, antes de lhes ser perguntado se queriam prestar declarações, o presidente do colectivo, Afonso Andrade, leu a acusação.
Já havia um requerimento da advogada dos arguidos no sentido de apenas serem prestadas declarações no final do julgamento.
Os arguidos também recusaram prestar quaisquer declarações à entrada do Tribunal do Barreiro, onde chegaram às 09h40, acompanhados da sua advogada, Paula Lourenço.
Antes dos dois arguidos chegou o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, que será ouvido como testemunha da acusação e que, em declarações aos jornalistas, voltou a recordar que a discordância forte por parte dos ambientalistas sempre foi com «a decisão política que levou à aprovação do empreendimento».
«Sempre achei [relativamente ao licenciamento do Freeport] que era um processo muito estranho. Numa zona como aquela um empreendimento daqueles não podia acontecer», acrescentou.
O processo Freeport teve na sua origem suspeitas de corrupção e tráfico de influências na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo e licenciamento do espaço comercial em Alcochete quando era ministro do Ambiente José Sócrates, que veio mais tarde a ser primeiro-ministro.
José Sócrates não chegou a ser ouvido na investigação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), mas os procuradores Paes Faria e Vítor Magalhães deixaram registado no despacho de conclusão do inquérito o rol de perguntas que pretendiam fazer ao então primeiro-ministro, o que suscitou polémica.
Durante a investigação do caso Freeport foram constituídos e interrogados sete arguidos, admitidos cinco assistentes, inquiridas 80 testemunhas e emitidas sete cartas rogatórias.
Além de Charles Smith e Manuel Pedro, foram arguidos em fase de inquérito João Cabral, funcionário da empresa Smith&Pedro, o arquitecto Capinha Lopes, o antigo presidente do Instituto de Conservação da Natureza Carlos Guerra e o então vice-presidente deste organismo José Manuel Marques e o ex-autarca de Alcochete José Dias Inocêncio.
Lusa/SOL